Um levantamento da Junta Comercial do Espírito Santo revelou que mais de 1.500 já fecharam de março, no início da pandemia do novo coronavírus, a maio.
Na comparação deste ano com o mesmo período de 2019, o dado representa um aumento de 500 empresas fechadas.
A Adriana Amaral abriu uma franquia de cursos tecnológicos para crianças, adolescentes e adultos em março deste ano. Duas semanas depois da inauguração, as aulas presenciais foram suspensas como medida de evitar a circulação da Covid-19 no estado.
“A franquia nunca tinha trabalhado com ensino a distância, mas a gente está se reinventando para tentar fazer alguma coisa, porque parou tudo. A gente teve realmente que fechar”, contou.
A mesma situação foi vivida pelo empresário Ítalo Cheloni. Ele precisou fechar a clínica de estética que tinha em Vila Velha. Sem emprego no estado, ele voltou a morar com a família em Ipatinga, em Minas Gerais.
“A empresa já estava em uma situação econômica bem complicada. Nós tivemos um desfalque da nossa equipe profissional e nesse período estávamos fazendo um remanejamento. Quando a gente tinha acabado de fechar a equipe veio a pandemia e as coisas começaram a desandar de uma maneira que não conseguimos manter a estrutura aberta”, relatou.
O presidente da Junta Comercial, Carlos Henrique, explicou que esse é um movimento normal e que o dado, apesar de relevante, não assusta.
“Preocupante, mas não é um número que chega a nos assustar. As empresas que mais abrem e mais fecham são do ramo de vestuário e de restaurantes e lanchonetes, que normalmente são a primeira oportunidade das pessoas em empreender”, explicou Henrique.