Um eletricista de 30 anos foi preso após agredir a companheira no bairro São Geraldo, em Cariacica. A vítima de 40 anos relatou que foram duas horas de terror, e além de quebrar um prato para agredi-la, o homem ainda pisou nela.
“Ele chegou a falar que seria pior do que o Lázaro e aí começou a fazer gestos, ajoelhar, falando que ele era umas coisas que eu não conheço. Aí gritou assim: ‘você duvida?’ Eu falei que não e dei uma risada. Com isso, começaram as agressões. Não teve um motivo”, contou a vítima. PUBLICIDADE
As marcas no pescoço, nos braços e em outras partes do corpo revelam os momentos assustadores vividos pela técnica de enfermagem. Em entrevista à TV Vitória/Record TV ela contou que achou que fosse morrer.
“Se não fosse a chegada da polícia, eu estaria morta. Ele bateu, deu socos, chutes, puxão de cabelo, tapa na cara. Ele dava um tempo, parava e pedia perdão. Aí depois começava de novo. Eu fiquei mais ou menos duas horas lutando com ele até perder as forças e alguém chamar a polícia”, contou.
Quem acionou a Polícia Militar foi o pai da vítima, que ouviu os gritos na residência. Quando os militares chegaram, encontraram a mulher bastante machucada e desmaiada em cima da cama.
O suspeito, nem mesmo com a chegada dos policiais, parou com as ameaças e foi preciso chamar reforço para contê-lo. O homem foi levado para o Plantão Especializado da Mulher, em Vitória, onde continuou bastante agressivo.
Por lá, ele chutou cadeiras e se jogou contra a parede. A polícia utilizou duas algemas e uma delas ele conseguiu danificar, sendo necessário acionar o Corpo de Bombeiros para fazer a retirada.
“Mesmo algemado ele queria me bater na frente dos policiais. Quebrou armário, alguns objetos e quebrou a viatura. Quando os policiais chegaram ele estava apertando meu pescoço e eu perdi um pouco da consciência. Já estava desfalecendo.”
O relacionamento do casal durou oito meses. A mulher afirmou que já havia sido agredida anteriormente e deixa um recado para mulheres que passam pela mesma situação.
“Eu sofri outras agressões. Ele chegava do trabalho, era uma pessoa aparentemente normal, mas do nada mudava. Eu não chamei a polícia, até porque não tinha condições, mas vocês mulheres que estão sofrendo dentro de casa, não fique dentro de casa, pense nas consequências. Eu tive sorte, mas poderia não estar aqui”, desabafou.
Na manhã desta terça-feira (29) o homem foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana. Segundo a Polícia Civil, ele foi autuado em flagrante pelos crimes de lesão corporal, dano ao patrimônio e resistência.