Câmara de Anchieta realiza seminário, mas na prática não faz nada pela inclusão

Câmara de Anchieta realiza seminário, mas na prática não faz nada pela inclusão

Demagogia – Discurso ou ação que visa manipular as paixões e os sentimentos do eleitorado para conquista fácil de poder político.

A Câmara de Anchieta realizou hoje (31) um seminário voltado para a inclusão das pessoas com deficiência. O evento foi em alusão ao dia de conscientização das lutas e conquistas das pessoas com deficiência. As crianças e jovens da Pestalozzi e os palestrantes deram um show, mas quem deixa a desejar é logo os promotores do evento, a Câmara de Anchieta.

Entre os mais de 200 funcionários da casa, poucos ou quase nenhum são deficientes reabilitados para trabalhar. Pasmem, o site institucional da Câmara não tem acesso para os deficientes visuais, algo que é gratuito e de fácil instalação, principalmente para quem paga um valor significativo a uma empresa para cuidar do site.

As transmissões e a própria sessão não tem tradutor de libras e ninguém lembrou disso através de um projeto obrigando a Câmara a fazer o que é um direito dos deficientes. Durante a manhã, alguns vereadores brincaram de fazer cesta na cadeira de rodas, quem sabe aprendam a acertar no alvo os projetos para os deficientes.

Uma boa sugestão é criar um projeto de lei obrigando a própria casa a respeitar a cota dos deficientes em suas contratações. Isso já é lei em concursos e empresas privadas, que tal a Câmara fazer em contratos temporários. Se cada vereador contratasse um em seu gabinete, seria uma sexta de muitos pontos.

Em 2017, o vereador Renato Lorencini solicitou que as sessões da Câmara fossem traduzidas para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para que quem possui problemas auditivos possa acompanhar os trabalhos da Casa de Leis. Além disso, o vereador propôs ao Executivo Municipal que os eventos oficiais também contem com o profissional tradutor. Porém os pedidos não saíram do papel, lamentável.