Dois homens, de 41 e 33 anos, foram presos suspeitos de furtar itens de uma loja de material de construção de Guarapari, na Região Metropolitana do Espírito Santo.
Durante a ação dos policiais, que ocorreu na última quarta-feira (23), o homem mais velho usou o próprio neto, recém-nascido, como uma espécie de escudo para evitar a prisão.
Os policiais chegaram até o homem de 41 anos por meio do outro suspeito. Os dois são vizinhos e o homem de 33 anos contou que foi o mais velho quem furtou o estabelecimento, enquanto ele ficou responsável por revender os itens, entre eles uma parafusadeira elétrica, avaliados em R$ 1,6 mil.
Os policiais civis foram até a residência do homem de 41 anos, mas o suspeito não se entregou. Ao invés disso, para tentar evitar que fosse detido, ergueu o próprio neto recém-nascido e o utilizou como escudo humano.
“Indo muito mais além nesses atos de resistência, o suspeito pegou o neto recém-nascido pelos braços, agarrou-se a ele e passou a gritar dizendo para que os policiais que procuravam detê-lo ‘atirassem’ nele. Em outras palavras, o indivíduo usou o próprio neto como ‘escudo humano’, com o qual pretendia evitar o avanço da ação policial”, informou o delegado responsável pela ação, delegado Guilherme Eugênio, titular da Deic de Guarapari.
Mesmo com a ordem dos policiais, o homem se recusava a largar o neto. Só quando os policiais partiram para cima dele, o bebê foi solto.
Investigação
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Itens furtados eram negociados em uma rede social — Foto: Divulgação/PCES
Policiais civis chegaram até o suspeito de 33 anos depois de se passarem por compradores dos itens furtados, que estavam sendo comercializados em uma rede social. Os nomes dos investigados não foram revelados.
Os policiais marcaram um encontro com o suspeito na rua. Assim que o encontraram, foi dada voz de prisão pelo crime de receptação. Ele tem passagens por tráfico de drogas no Rio de Janeiro.
Durante a abordagem, o homem admitiu que o vizinho dele foi quem realizou o furto ao estabelecimento comercial. O suspeito de 41 anos já possuía outras passagens na Justiça por furto, roubo e violência doméstica. Além do furto, vai responder pelos crimes de sequestro, resistência e exposição à vida alheia, pelo que fez com o neto.
Ambos foram encaminhados ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarapari, onde permanecem à disposição da Justiça.