É uma dor não só de saudade, mas de revolta de como tudo aconteceu’, diz amiga de modelo morta atropelada

É uma dor não só de saudade, mas de revolta de como tudo aconteceu’, diz amiga de modelo morta atropelada

Amigos e familiares de Luísa Lopes, que morreu aos 24 anos após ser atropelada por uma motorista na noite desta sexta-feira (15), na Avenida Dante Micheline, em Vitória, despedem-se da jovem no velório que acontece neste sábado (16) na quadra da Unidos de Jucutuquara, escola da qual a jovem participava como passista.

“Ao mesmo tempo que ela era muito meiga, simples, ela era um furacão por onde passava. Por onde ela andava, ela espalhava alegria, felicidade. Não está sendo fácil para a gente. É uma dor não só de saudade, mas de revolta de como tudo aconteceu. Ela era muito nova pra deixar a gente, a família, os amigos, os sonhos que ela queria para vida dela”, disse, emocionada, Larissa Santos, coordenadora da ala de passistas da Jucutuquara.

A revolta a qual Larissa se refere diz respeito ao atropelamento de Luísa. Por volta das 20 horas de sexta, a jovem, que também era modelo e finalista do curso de Oceanografia, atravessava a rua de bicicleta quando foi atingida pelo carro. Ela foi arremessada para cima do veículo e arrastada, morrendo momentos depois de receber atendimento no local.

A mulher apontada como a motorista que atropelou Luísa foi identificada como Adriana Felisberto Pereira. A corretora de imóveis de 33 anos havia saído de um bar antes do atropelamento e estava com a irmã no carro. Para a Polícia Militar, ela apresentava sinais de embriaguez. Mas, em entrevista após o atropelamento, ela negou ter ingerido bebida alcóolica. Ela se recusou a fazer o teste do bafômetro.

“Em um vídeo gravado pouco tempo depois da morte da jovem, um policial conversa com a corretora sobre o acidente e pergunta se ela sabia o que havia acontecido.

“Tenho (consciência do que aconteceu). Quero meu carro pra trabalhar e olha como meu carro está”, disse ela.

Em outro momento, uma policial diz: “senhora, você está preocupada com o carro, você acabou de estourar a cabeça de uma menina, então, pelo menos fique em silêncio”. E ela responde: “eu estourei a cabeça dela porque ela passou na minha frente”.

Adriana foi levada ao presídio neste sábado por dirigir embriagada. No entanto, na audiência de custódia, a Justiça decidiu liberá-la para que responda ao processo em liberdade.

A corretora deverá pagar fiança de R$ 3 mil e não poderá deixar a Grande Vitória e frequentar bares e boates.

A Secretaria de Justiça (Sejus) informou na noite deste sábado que Adriana foi liberada mediante alvará.