A mãe de duas meninas foi presa após quebrar computadores e uma porta do Pronto Atendimento da Glória, em Vila Velha. A mulher, de 25 anos, disse que ficou revoltada após a filha, de 2 anos, não receber os devidos cuidados.
O caso aconteceu na noite deste domingo (25). Na manhã desta segunda-feira (26), a mulher, que não terá o nome divulgado para preservar a filha, esteve no Departamento Médio Legal, em Vitória, para passar por exame de corpo de delito.
A mulher afirma que a filha está em observação no pronto atendimento desde sexta-feira (24). Ela disse que a menina não foi transferida para um hospital e nem recebeu a devida atenção médica.
“Ela chegou por volta de 17h30 no PA, ela fez exames de sangue e esperamos o resultado. Por volta de meia-noite, fomos mostrar o resultado para o médico e internaram ela. Só foram fazer a próxima visita na manhã de sábado, por volta de 10h30. Ela não teve soro e nenhum medicamento, ficou apenas no oxigênio e na bombinha. Ela só foi ter atendimento novamente na noite de sábado“, contou.
Segundo a mulher, três médicos atenderam a filha dela, mas nenhum deu um diagnóstico. A menina estava usando uma bombinha para asma. A mãe disse ainda que ficou desesperada porque não via a filha melhorar.
Ainda de acordo com a mulher, uma médica apareceu e fez alguns exames na criança. Ela disse que só então foi informada que a filha estava com pneumonia.
A mulher esteve no pronto atendimento neste domingo e, segundo ela, foi informada sobre vagas que tinham surgido para internação em alguns hospitais da Grande Vitória e no interior do Estado. Ela disse que queria uma vaga em qualquer unidade, mas, segundo mulher, nenhuma foi disponibilizada para a filha.
“No domingo, eu estava esperando por conta das vagas que tinha sido liberadas. Quando a última mãe foi levada, eu perguntei sobre a minha vaga e falaram que estavam aguardando no sistema. Quando questionei, ninguém soube explicar o porquê da demora. Depois, viram e buscaram outra criança“, contou.
A mulher disse que depois da conversa acabou quebrando algumas coisas dentro do pronto atendimento.
“Falei com a assistente social, perguntei quando ia ter vaga e ela falou que ia depender do Estado. Me desesperei. Eu fui presa, minha mãe foi levar as coisas para mim na delegacia domingo a noite e até aquela hora minha filha não tinha sido transferida“, desabafou.
Em nota, a Polícia Civil informou que a suspeita foi autuada em flagrante por dano ao patrimônio. Como ela não pagou a fiança estipulada pela autoridade policial, a mulher foi encaminhado para o Centro de Triagem de Viana.
A reportagem procurou a Prefeitura de Vila Velha, mas até o momento não tivermos retorno. Assim que recebermos um posicionamento, o texto será atualizado.