A cabeça da pensionista Sabrina Tavares de Almeida, 31 anos, foi retirada do corpo e levada por vândalos que profanaram seu túmulo no Cemitério Iguaçu Velho, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. O crime aconteceu em março deste ano e a polícia está investigando, mas nada apurou.
Sabrina tinha sido morta a tiros em agosto de 2022. No lugar da cabeça de Sabrina os vândalos colocaram uma tigela de barro utilizada em trabalhos religiosos, com garrafas de bebidas e papeis. A profanação foi descoberta pelo administrador do cemitério Adilson Miguel da Silva, que procurou a polícia.
Na ocasião ele disse que não viu ninguém estranho no cemitério na madrugada do dia 16 para 17 de março. Disse ainda, que havia um buraco na parte onde ficava a cabeça e por isso chamou os colegas, que abriram a sepultura e encontraram o vaso de barro que foi usado para o ritual com os objetos dentro.
Jorge Luiz Gomes de Almeida, 52 anos, pai de Sabrina, pede resultados à polícia, “que tomem providências em relação ao acontecimento. Você sepulta uma pessoa e fazem isso? A minha filha estava morta havia oito meses e fizeram isso. É uma coisa horrível. Ela foi assassinada e não tem paz nem no cemitério”.
O delegado José Mário Salomão Omena, da 58ª DP, acredita que o local foi usado para um ritual religioso. Segundo ele não se trata de um recado para a família, mas, sim, um ritual religioso, em razão do tempo do crime. “Quem faz esse tipo de crime acredita que não será descoberto”, enfatiza o delegado.
Sabrina foi assassinada em agosto de 2022 por seu ex-cunhado Mateus da Silva Osório Ferreira, e a motivação para o crime foi o interesse em um imóvel deixado pelo ex-marido da vítima, assassinado em 2016. A mãe de Sabrina estava em sua companhia no momento do crime, mas se fingiu de morta e sobreviveu.
Segundo a polícia, Sabrina era casada com o policial militar Cristiano da Silva Osório Ferreira, e após sua morte ela conseguiu na justiça o direito de receber a pensão e a ficar com a casa que era do marido. Os irmãos do policial nunca aceitaram o fato e passaram a ameaçar Sabrina, que acabou sendo executada.
Quatro dias depois Mateus foi preso pelo assassinato dela e pela tentativa de assassinato da mãe de Sabrina, mas já está novamente em liberdade, pois na quinta-feira, 20, o juiz Adriano Celestino Santos, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, determinou a sua soltura, para aguardar o julgamento em liberdade.