Integrantes de uma organização criminosa suspeitos de crime de extorsão e ameaça realizado pela internet contra um idoso foram presos pela Polícia Civil do Espírito Santo. Os autores, que eram vizinhos da vítima, que tem 68 anos, se aproveitavam da vulnerabilidade da vítima e promoviam, por meio de aplicativo de mensagens, ameaças contra o homem e também os familiares da vítima. Com as ações, os criminosos causaram um prejuízo de R$ 1,4 milhão.
Com o dinheiro extorquido, o grupo fez compras de produtos com valores altos, como veículos de luxo e apartamento de médio padrão, de acordo Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), que conduziu as investigações. A quadrilha era formada por uma mulher, seus dois filhos e um amigo da família. Eles, inclusive, já foram ajudados pela própria vítima, anos atrás.
O chefe do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), delegado Gabriel Monteiro, informou que o idoso procurou a polícia chorando porque já não aguentava mais a extorsão.
“Os criminosos conseguiram tirar fotos do idoso, da esposa e até dos netos. Eles usavam um aplicativo de celular, alteravam a voz e tiravam dinheiro dele. Inicialmente, R$ 10 mil, R$ 20 mil… O valor foi aumentando até chegar a R$ 200 mil. O total chega a R$ 1,4 milhão. O dinheiro pagava o luxo desses criminosos”, disse o delegado.
Nas ameaças, o grupo usava fotos de armas e dos familiares dizendo que traficantes de Cariacica iriam atrás deles caso o dinheiro não fosse pago aos criminosos.
“A quadrilha é vizinha da própria vítima. O idoso, inclusive, já teria até ajudado essa família anos atrás. De forma covarde, começaram a exigir essa quantia, montando esse teatro todo. O idoso acumulou dívidas porque paga R$ 30 mil por mês após pegar empréstimos para pagar criminosos”, detalhou Monteiro.
Quatro indivíduos foram presos preventivamente e podem responder pelo crime de extorsão em flagrante, com pena de dez a 15 anos.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, também comentou sobre a prisão feita pela operação.
“É uma prisão importante porque é uma associação criminosa que vinha dilapidando o patrimônio de um idoso há mais de 2 anos. Eles vinham transferindo dinheiro, extorquindo, fazendo financiamentos, destruindo a vida daquela pessoa”, disse.