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Notícias

Obra da ferrovia de Anchieta começa em 2021

As obras do primeiro trecho da Estrada de Ferro Vitória- Rio (EF 118), ligando Cariacica a Anchieta, devem ter início entre o final de 2021 e o começo de 2022, segundo anunciou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, na manhã desta quarta-feira (03), em conferência on-line com o deputado federal Evair de Melo (PV).

De acordo com o ministro, a construção dessa etapa ficará sob responsabilidade da Vale como contrapartida pela prorrogação antecipada do contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).

“A Vale vai fazer todo o projeto [de engenharia] da ferrovia ligando Vitória ao Rio de Janeiro e construir o trecho inicial até Anchieta. Esse é o início da ferrovia 118, que no futuro vai ligar os dois Estados. Acho que a renovação da EFVM sai no segundo semestre, depois vamos passar pelo período de licenciamento, então, até o fim de 2021, início de 2022, a gente deve iniciar essa obra”, disse o ministro, citando investimentos de até R$ 2,5 bilhões para a construção do trecho.

“Depois tivermos todo o projeto veremos onde buscar o investimento para fazer o restante da ligação dessa ferrovia”, acrescentou o ministro ao dizer ainda que a nova infraestrutura será importante para atender ao Porto de Ubu e a Samarco, em Anchieta, num primeiro momento e futuramente o Porto Central, em Presidente Kennedy,  Porto de Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. 

Apesar de a primeira parte da ferrovia ser construída pela Vale, isso não quer dizer que ela será a responsável pela operação. Depois de pronta deverá ser feita a concessão do ramal ferroviário que determinará qual empresa será responsável por sua exploração. A companhia que arrematar a concessão deve ser a responsável em terminar as obras até o Rio.

Conforme A Gazeta havia noticiado com exclusividade, a previsão é que a Vale faça  72 quilômetros da linha férrea, de Cariacica até o Porto de Ubu, em Anchieta. Após todos os licenciamentos e desapropriações que a contratação de mão de obra deve ser iniciada.

DEMORA PARA RESOLVER RENOVAÇÃO ATRASA OBRAS DE NOVA FERROVIA

Apesar das previsões do ministro sobre as obras da ferrovia, a construção só vai começar após o governo federal finalizar o processo de renovação antecipada da EFVM. O contrato com suas exigências, ainda está em análise no Tribunal de Contas da União  (TCU) e o órgão tem criado empecilhos para autorizar o prolongamento das concessões.

A Corte, por exemplo, deu parecer desfavorável à renovação da Estrada de Ferro Carajás, também da Vale. Na live, Tarcísio de Freitas explica acreditar numa solução rápida para o impasse.

O acordo entre governo e a mineradora estava para ser assinado no ano passado, o que não ocorreu. No contrato a ser fechado entre empresa e União, estarão descritas todas as contrapartidas necessárias para a empresa obter a renovação antecipada da concessão da EFVM, que só vence em 2027.

Além da elaboração de todo o projeto de construção da Estrada de Ferro Vitória-Rio (EF-118) e da execução do primeiro trecho de obras, de Cariacica até Anchieta, contrato da Vale deve prever ainda a construção de um trecho da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) e investimentos na própria malha da EFVM.

Aproximadamente, R$ 1 bilhão, segundo o ministro da Infraestrutura, será aplicado na resolução de conflitos com as comunidades cortas pela EFVM e também para a ampliação do transporte de passageiros.

Além da construção do primeiro trecho da estrada de ferro 118, estão previstos investimentos de R$ 1 bilhão na EFVM. De acordo com o ministro da Infraestrutura, o investimento vai ser feito na resolução de conflitos ferrovia-cidades e também para ampliar o transporte de passageiros.

“A Vitória a Minas é uma ferrovia de 1904 e transporta mais de 120 milhões de toneladas por ano, o que a coloca entre as 10 mais eficientes do planeta. Com os investimentos a serem feitos a gente deve ter uma ampliação no transporte de passageiros, com uma frequência maior e mais disponibilidade no trem de passageiros”, informou Tarcísio de Freitas.

Fonte: Jornal A Gazeta

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