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Notícias

Ciclone bomba deixa rastro de destruição e mata 10 pessoas no Sul do País

O ciclone bomba que atingiu o Sul do País matou ao menos dez pessoas e deixou um rastro de destruição na região. Nove pessoas morreram em Santa Catarina e uma pessoa no Rio Grande do Sul. Os ventos chegaram a 120 km/h, o equivalente a um furacão de categoria 1 na escala Saffir-Simpson. Rajadas de até 90 km/h são esperadas nos Estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e no território paranaense.

Em Santa Catarina, foram registradas mortes em Chapecó (1), em Santo Amaro da Imperatriz (1), em Tijucas (3), Governador Celso Ramos (1), Ilhota (1), Itaiópolis (1) e Rio dos Cedros (1). Além de uma pessoa que segue desaparecida em Brusque.

A tempestade passou por todas as regiões deixando um rastro de destruição, com quedas de árvores, postes e destelhamento de residências. Mais de 1,5 milhão de pessoas ficaram sem energia elétrica. De acordo com relatório da Defesa Civil do Estado, foram registrados estragos em 83 municípios catarinenses até as 6h30.

No Oeste, a Defesa Civil em Xanxerê atendeu ocorrências em 15 municípios, enquanto em Chapecó o órgão registrou estragos em dez cidades do entorno.

As coordenadorias de Blumenau e Florianópolis atenderam ocorrências em nove municípios cada. Os ventos fortes, que chegaram a 110k/h, provocaram destelhamento de casas e escolas na região da capital. Em Palhoça, na Grande Florianópolis, 10 unidades de educação foram afetadas e um ginásio teve o telhado arrancado pela força do vento.

O Corpo de Bombeiros somou mais de 1,6 mil ocorrências atendidas entre terça e as 7h30 desta quarta. Mais de mil soldados ficaram empenhados nos trabalhos neste período, com o auxílio de 380 viaturas. Já a Centrais Elétricas de Santa Catarina, Celesc, está com 300 equipes trabalhando para retomar a energia.

O ciclone foi alertado pela Marinha, que comunicou ressaca com ondas de três e quatro metros no litoral gaúcho e catarinense.

‘Ciclone bomba’

O “ciclone bomba” que está passando pelo sul do país ocorre quando a pressão atmosférica no centro do ciclone de forma muito rápida. A meteorologista Estael Sias, da Metisul, diz que “quanto mais baixa a pressão atmosférica numa determinada área, mais tem elevação de ar e nuvens carregadas.”

O fenômeno acontece, geralmente, associado a contraste de temperatura. Há poucos dias, houve calor histórico e agora há incursão de potente massa de ar polar, ressalta Estael.

O evento é comum no inverno do Norte da Europa e no Nordeste dos Estados Unidos, onde recebe o nome de Nor’Easter.

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