Situação nos hospitais é crítica e risco de colapso é real, afirma secretário

Situação nos hospitais é crítica e risco de colapso é real, afirma secretário

A situação da pandemia de coronavírus no Espírito Santo irá se agravar ao longo do mês de abril. Foi o que informou o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, que concedeu entrevista coletiva online à imprensa para falar sobre o assunto. Ele apontou que foi alcançado um recorde de números diários de casos no último dia 22 de março. “Nesta data foram 2844 casos, superior ao anterior de 28 de dezembro, com 2757 casos. Esperamos ao longo dessa e da próxima semana, que o Estado alcance um pico”, alertou. Ele calcula que, neste ritmo de aceleração, com a curva de registros chegando ao máximo, a estabilização passe a ocorrer ao longo do mês de abril. 

Ele alertou que as medidas de isolamento devem ser respeitadas para que a transmissão do vírus desacelere. E isso inclui todos, tanto doentes quanto pessoas saudáveis. “Só devemos sair de casa para atividades extremamente essenciais”, frisou.

O secretário abordou as altas taxas de ocupação de leitos hospitalares na rede pública, que chegou aos 95,39% nesta segunda. Afirmou que as dificuldades também estão sendo sentidas pelas redes privada e filantrópica. 

Temos pedidos para que o SUS possa receber pacientes da rede privada em uma frequência maior que as anteriores. Estamos reconhecendo que a rede hospitalar encontra-se extremamente pressionada pela quantidade de pacientes graves. “Temos pedidos para que o SUS possa receber pacientes da rede privada em uma frequência maior que as anteriores. Estamos reconhecendo que a rede hospitalar encontra-se extremamente pressionada pela quantidade de pacientes graves”, afirmou. 

Com ele estava Orlei Cardoso, gerente Estadual de Vigilância em Saúde, que abordou sobre vacinação. A tendência é que haja maior quantidade disponível de imunizantes ao longo de abril.  “Nós estamos com a expectativa de abril e maio ter um número muito grande de vacinas acima do distribuído, tanto pelo Ministério da Saúde, quanto pela compra de vacinas pelo Estado”, apontou o gerente, que recomendou que os municípios se mobilizem mais ainda em suas campanhas de aplicação de doses.