A jovem, de 19 anos, que foi baleada na cabeça pela própria amiga no bairro Barramares, em Vila Velha, recebeu alta e contou à produção da TV Vitória/ RecordTV que não foi um acidente. Ela lembra de ouvir a colega dizer “pensa rápido”.
O caso aconteceu no dia 14 de outubro deste ano. A vítima é autônoma e prefere não ser identificada. Ela foi atingida por um disparo de arma de fogo na cabeça. Segundo a amiga que fez o disparo, o tiro foi acidental.
Entretanto, a vítima relatou que havia sido convidada para almoçar na casa da suspeita. Quando chegou ao local, a mulher já estava armada. Ela destacou que ao sentar no sofá, lembra da colega dizer “pensa rápido”.
Em seguida, a vítima já acordou desorientada no hospital. A princípio, não conseguia se lembrar do que havia acontecido. Ela permaneceu internada por 13 dias. Ainda não se sabe a motivação para o crime.
“Eu tava me sentindo muito mal. Com muita dor. Foi horrível demais. Eu não sabia o que tinha acontecido. Ela acabou com a minha vida”, lamentou a jovem.
A mãe da vítima ficou preocupada com a situação que a filha ficou e desmentiu o depoimento da suspeita que dizia ter ocorrido um acidente.
“Ela nunca foi amiga de infância. Tudo que ela falou foi mentira. Nunca foi amiga. Ninguém conhece essa menina e de onde ela é”, ressaltou.
De acordo com a vítima, após lembrar o que tinha acontecido, ela ficou assustada e teve medo de não continuar viva.
“Depois que eu acordei e vi a foto, fiquei muito assustada, porque a foto está horrível, parecia até que eu estava morta. Quando eu acordei, vi as pessoas colocando luto pra mim. A minha mãe chegou perto de mim e começou a contar o que tinha acontecido, porque eu não tava lembrando. Eu fui lembrando aos poucos o que aconteceu, mas eu achei que eu ia morrer”, contou.
Em um vídeo, a suspeita de 21 anos aparece com a boca e pernas machucadas após ser agredida por populares. Moradores perguntam o que aconteceu e ela afirmou que as duas estavam ‘brincando’.
“Estávamos brincando. Eu mirei na parede e achei que a arma estava sem munição, mas atingi a cabeça dela sem querer. Eu pedi desculpa e disse a ela que não queria fazer aquilo, pedi para ela ficar calma”, disse.
A vítima ressaltou que não entende o motivo que levou a amiga a fazer algo contra ela.
“Eu não sabia que ela tinha alguma maldade comigo para fazer isso. E não foi acidental, ela olhou pra minha cara e falou: ‘pensa rápido’. Só isso que eu lembro, mas não entendo porque ela fez isso comigo”, afirmou.