O delegado Elizeu de Assis Oliveira foi expulso da Polícia Civil do Espírito Santo após ser condenado por improbidade administrativa. Segundo a Justiça, ele forjou a prisão em flagrante de duas pessoas para cobrar propina de R$ 2 mil e liberá-las, em Vitória.
O caso aconteceu em 2005, mas a condenação só transitou em julgado, quando não cabe mais recurso, em 2021.
A perda de cargo foi publicada no Diário Oficial do 17 de janeiro.
A ação que levou à expulsão do delegado é de autoria do Ministério Público. Segundo a denúncia, no dia 25 de julho de 2005, um comerciante e um camelô foram conduzidos por um policial até a delegacia após uma prisão em flagrante forjada.
Ainda segundo a ação, as vítimas foram mantidas na delegacia sob ameaças e obrigadas a entregar mercadorias. Foi exigido que elas pagassem R$ 2 mil para não ficarem presas.
Elizeu entrou na polícia em 2001. Em 2011, ele foi afastado, mas continuou recebendo o salário de cerca de R$ 12 mil.
A Polícia Civil disse que o Elizeu já respondeu a Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e foi condenado por improbidade administrativa em ação civil pública, o que levou à demissão do cargo. Também informou que ele estava afastado de suas funções desde 17 de janeiro de 2011.
Até a última atualização deste texto, a reportagem não havia obtido contato com o preso ou a defesa dele.