Pastor que orou desejando a morte de Paulo Gustavo é condenado à prisão por crime de homofobia

Pastor que orou desejando a morte de Paulo Gustavo é condenado à prisão por crime de homofobia

O pastor José Olímpio da Silva Filho, da Assembleia de Deus de Alagoas, foi condenado a dois anos e nove meses de prisão pelo juiz Ygor Figueiredo, da 14ª Vara Criminal de Maceió, na quarta-feira, 27, pelo crime de homofobia. Em 2021, o pastor do ódio afirmou que estava orando pela morte do ator Paulo Gustavo.

Na ocasião o humorista Paulo Gustavo estava lutando contra complicações da Covid-19 e morreu em 04 de maio do mesmo ano, aos 42 anos de idade. A pena foi substituída por prestação de serviços à comunidade e multa e o pastor que prega ódio terá que prestar serviços à comunidade durante seis horas semanais.

Além de serviços prestados à comunidade durante o tempo de duração da pena, o pastor José Olímpio terá que pagar multa no valor de 30 salários mínimos, a ser revertida em favor de grupo ou ONG (Organização Não Governamental) de Alagoas que atue em favor da comunidade LBGTQIA+, segundo informações.

Na ocasião ele foi denunciado por praticar discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional (racismo). Em virtude da repercussão que teve sua postagem nas redes sociais, ele pediu desculpas e entregou o cargo, mas o crime já tinha sido praticado e o pedido de desculpas nada mudou.

“O tom discriminatório é cristalino, motivo pelo qual resta demonstrada que a conduta preconceituosa foi feita em virtude da orientação sexual do senhor Paulo Gustavo”, enfatizou o juiz ao condenar o pastor a 2,9 anos de prisão com regime inicialmente aberto e multa. Caso queira, o pastor poderá recorrer da sentença.

A condenação do pastor do ódio foi comemorada por amigos, que enfatizaram que um pastor que deseja a morte alheia pelo simples fato de não concordar com a sua opção sexual é algo preocupante. “O que nos assusta é saber que o ódio e o preconceito são comuns no meio evangélico”, disse um amigo do humorista.