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Notícias

Bebê de um ano é diagnosticado com varíola dos macacos no ES

Uma criança de um ano foi diagnosticada com varíola dos macacos em Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo. À repórter Alice Sousa, da TV Gazeta Norte, o médico que atendeu o menino disse que ele passa bem e cumpriu isolamento domiciliar.

“Quando ela foi atendida, ela apresentava sintomas há três dias. Tinha febre, supõe-se que dor de cabeça e mal-estar geral, pois é uma criança muito pequena e não consegue dizer. Além disso, apresentava lesões de pele, o que são características de Monkeypox, e com isso coletamos material e enviamos para análise”, falou o infectologista Daniel Junger.

A principal característica da Monkeypox, segundo o médico, são as bolhas e feridas na pele, parecidas com a da catapora. Os pacientes também apresentam quadros de febre com dor de cabeça e indisposição, além de dor nas articulações.

“São sintomas comuns de qualquer virose. Mas quando eles são associados a lesões de pele, aí sim esses casos se tornam suspeitos”, explicou Junger.

A Secretaria Municipal de Saúde de Cachoeiro disse que a criança e outro paciente, que também teve a Monkeypox confirmada, já estão curados da doença e tiveram as feridas cicatrizadas.

Familiares que tiveram contatos com esses pacientes foram monitorados e não tiveram a doença.

ES INVESTIGA MAIS DE 90 CASOS

Nesta terça-feira (30), a Secretaria de Estado da Saúde divulgou boletim confirmando 31 infectados por varíola dos macacos no Espírito Santo, além de 91 casos suspeitos em investigação. Com o caso confirmado em Linhares nesta quarta-feira, sobe para 32 o número de confirmações. Outras 80 notificações de suspeitas da doença foram descartadas. Por enquanto, segundo a Sesa, a doença segue restrita a adultos com idades entre 20 e 69 anos. 

O boletim mostra que a doença se espalhou pelo Estado. Antes, as infecções eram registradas apenas na Grande Vitória. Agora há registros em cidades das regiões Norte e Sul.

CASOS CONFIRMADOS POR CIDADE

  • Vitória – 9 confirmações 
  • Vila Velha – 8 confirmações 
  • Guarapari – 4 confirmações 
  • Serra – 3 confirmações 
  • Cachoeiro de Itapemirim – 2 confirmações 
  • Aracruz – 1 confirmação 
  • Cariacica – 1 confirmação 
  • Itapemirim – 1 confirmação 
  • Pedro Canário – 1 confirmação 
  • Viana – 1 confirmação
  • Linhares – 1 confirmação

Ainda conforme o boletim, a maioria das pessoas diagnosticadas com varíola dos macacos em território capixaba não teve contato com alguém que teve a doença, nem sequer a suspeita dela. Entre os 32 infectados, 26 deles são homens e nove são mulheres. Os sintomas mais frequentes entre os infectados no Estado são, nesta ordem:

  • Erupção cutânea 
  • Febre súbita 
  • Dor de cabeça 
  • Cansaço 
  • Dor nas costas 
  • Dor muscular 
  • Dor de garganta 
  • Adenomegalia (inchaço das glândulas do sistema imunológico)

DOENÇA NÃO É NOVA: SINTOMAS E TRANSMISSÃO

Apesar de ter tomado os noticiários recentemente, a varíola dos macacos foi descoberta na década de 1950, após dois surtos em colônias desses animais, que eram mantidos para pesquisas. Já o primeiro caso humano foi registrado na década de 1970, no Congo, país africano.

De acordo com informações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas costumam durar entre duas e três semanas, consistindo em: febre, dor de cabeça, dores musculares e erupções cutâneas, geralmente no rosto, na palma das mãos e na sola dos pés.

De maneira geral, são duas as variantes principais da doença. A mais grave delas, conhecida como “cepa do Congo”, pode chegar a 10% de mortalidade. Já a outra, denominada popularmente de “cepa da África Ocidental”, tem uma taxa de letalidade bem menor, próxima de 1%.

O vírus causador pode ser transmitido por meio do contato com lesões na pele e gotículas de uma pessoa contaminada, além de objetos compartilhados. Por isso, a Anvisa sugeriu que os brasileiros usem máscaras, reforcem a higienização e façam o distanciamento social para evitar a transmissão.