Mulher que matou o marido e escondeu o corpo no freezer diz porque praticou o crime

Mulher que matou o marido e escondeu o corpo no freezer diz porque praticou o crime

Cláudia Tavares Hoeckler, 40 anos, que na segunda-feira, 14, matou o marido Valdemir Hoeckler, 52 anos, e escondeu seu corpo dentro de um freezer na casa em que residiam em Lacerdópolis, Santa Catarina, contou os motivos pelos quais assassinou o motorista, e disse sem remorso que agora se sentia livre dele.

Valdemir, que estava desaparecido desde a terça-feira, 15, foi encontrado morto no sábado, 19, dentro de um freezer e sua mulher, que havia combinado com a polícia a realização de uma perícia na residência, havia fugido horas antes da chegada da polícia. Contudo, ao ser presa a pedagoga confessou o crime.

Segundo ela na noite anterior ao crime foi agredida e ameaçada de morte pelo companheiro, com quem vivia há mais de 20 anos. Por isso ela colocou remédio para ele dormir e quando Valdemir dormia sono profundo o asfixiou. Para se livrar do corpo até conseguir um local para desová-lo, ela o colocou no freezer.

Ela disse que era vítima de agressões e ameaças de morte pelo marido e enfatizou que “sei que vou parar de apanhar, não sei explicar, mas é uma liberdade. Estou me sentindo mais livre que nunca”. Cláudia é definida por seu advogado como uma mulher maltratada e violentada física e psicologicamente.

Cláudia salienta que teve uma vida marcada por abusos e abandonos desde os primeiros anos de sua vida. Ela, que é filha de uma garota de programa e criada por uma desconhecida, iniciou tarde os estudos, foi abusada pelo padrasto, nunca teve convivência com o pai biológico e se engravidou na adolescência.

Como engravidou de Valdemir, ela foi expulsa de casa pela mãe e sem apoio decidiu doar a criança para adoção. Com o nascimento da criança ela desistiu ao pegar no colo e decidiu cria-la do jeito que pudesse. Então com três semanas de vida a criança contraiu pneumonia e ela ligou pra Valdemir pedindo ajuda.

Segundo ela Valdemir deixou a esposa e foi morar com ela e a filha, mas as agressões que antes de morarem juntos já existiam se intensificaram. Ela conta que ele sempre a agredia em locais onde as marcas da violência não ficassem aparentes. Cláudia relata que o motorista tinha ciúmes dela até com a criança.

A filha dela, segundo disse, saiu de casa aos 18 anos por não suportar a convivência e nunca mais voltou a falar com o pai e nem voltou para casa. “Eu não tinha vida própria. Não podia nem sair com as amigas. Eu ia no salão e tinha que sair com o cabelo molhado porque ele ficava enchendo o saco”, finalizou.

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