“Executou a vítima de forma cruel”, diz delegado sobre PM que atirou em vizinho

“Executou a vítima de forma cruel”, diz delegado sobre PM que atirou em vizinho

policial militar que atirou no vizinho após uma discussão sobre som alto foi preso na noite de segunda-feira (17). O músico Guilherme Rocha, de 37 anos, não resistiu aos ferimentos e morreu no condomínio em que morava, no bairro Jardim da Penha, em Vitória. Para a polícia, o soldado Lucas Torrezani, de 28 anos, agiu de forma cruel e que impossibilitasse a defesa da vítima.

O crime foi registrado por câmeras de videomonitoramento. As imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram o momento em que os dois homens discutem na entrada do prédio. Em determinado momento, o policial de folga saca a arma e dispara contra o músico.

Em entrevista à TV Vitória/Record TV na manhã desta terça-feira (18), o titular do Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vitória, delegado Marcelo Cavalcanti, disse que, apesar do suspeito ser um policial militar, ele será investigado como civil, já que no momento do crime estava de folga e em casa.

Ainda de acordo com o delegado, as imagens das câmeras de segurança deixam claro que o suspeito não agiu em legitima defesa, como argumentou inicialmente a polícia.

As imagens de videomonitoramento deixam claro que o suspeito não agiu em legitima defesa. Pelo contrário, ele executou a vitima de forma cruel, sem possibilitar um meio de defesa“, disse Cavalcanti.

Após o crime, o suspeito foi levado para a delegacia e ouvido pelo delegado que estava de plantão, mas acabou liberado. Ele só foi preso após a polícia pedir um mandado de prisão preventiva. 

É bom ficar claro que, quando o delegado de plantão recebe as ocorrências, são apresentados os fatos naquelas circunstâncias. Apenas foi apresentado a versão do autor. O delegado, inicialmente, não teve acesso ao videomonitoramento e nem as testemunhas. Apesar daquele momento,  a história de legitima defesa apresentada pelo autor não se sustentar, o delegado foi prudente“, explicou.

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