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Notícias

‘Bati como se fosse em um homem’, diz padrasto que matou menina de 3 anos

Em audiência de custódia, Carlos Henrique da Silva Junior, de 30 anos, mencionou que agressões duraram de 30 a 40 minutos

A audiência de custódia de Carlos Henrique da Silva Junior, de 30 anos, suspeito da morte da enteada Lara Emanuelly Braga da Silva, de 3, realizada nesta terça-feira, em Benfica, na Zona Norte do Rio, que converteu a prisão em flagrante do padrasto da menina em preventiva, revela detalhes de como a criança foi espancada e morta, neste domingo, por não querer tomar banho. Segundo o processo, o suspeito agrediu Lara por um tempo que varia de 30 a 40 minutos. De acordo com o despacho do juiz que analisou o caso, Carlos também mencionou ao depor na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) ter batido na criança como se estivesse batendo em um homem. Ela foi agredida chutes e tapas por um período que varia de 30 a 40 minutos.

Segundo o relato do suspeito, as agressões aconteceram dentro do box do banheiro da casa onde a menina morava, em Vila Rosali, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ela teria agredido a criança com tapas e chutes que fizeram com que a vítima batesse a cabeça na parede do banheiro por várias vezes. Um dos chutes acertou o tórax da menina, outro o abdômen, um terceiro nas pernas e um quarto na região íntima. Os golpes causaram diversas lesões, segundo o processo.

No despacho que converte o flagrante em preventiva, o juiz menciona que a brutalidade do crime revela a personalidade violenta do suspeito. “Com relação ao estado de liberdade, salta aos olhos a extrema gravidade concreta do delito, na medida em que o custodiado, de forma extremamente cruel, brutal e violenta, agrediu a sua própria enteada, uma criança de 3 anos de idade, com tapas e chutes tão intensos que levaram a vítima à morte, ainda no local dos fatos, sem que a menor tivesse qualquer chance de ser socorrida com vida, circunstâncias que revelam a personalidade extremamente violenta do custodiado, razão pela qual é necessária a sua segregação cautelar, para garantia da ordem pública”, escreveu o juiz num dos trechos da decisão.

Com a conversão do flagrante em prisão preventiva, Carlos Henrique da Silva Junior deverá ser transferido da Central de Custódias de Benfica para uma unidade do sistema penitenciário do Rio de Janeiro. A menina foi sepultada nesta terça-feira, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte do Rio.

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