Dois empresários foram presos por suspeita de comércio ilegal de restos animais na cidade de Guarapari. A ação foi realizada na sexta-feira (14), pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon). Duas empresas foram interditadas.
Segundo a Polícia Civil, foram apreendidas 17 toneladas de carne. Esses produtos deveriam ser encaminhados corretamente para empresas que produzem farinha para fazer ração animal, mas estavam sendo destinados para consumo humano.
Em entrevista ao Balanço Geral, da TV Vitória, o delegado Eduardo Passamani disse que os empresários não possuíam autorização para realizar a ação.
“Eles não tinham autorização para pegar esse material para armazenar e a suspeita é que eles estavam fazendo a destinação para mercado clandestino. Tanto em frigoríficos ou para outros órgãos em matéria-prima para embutidos”, disse o delegado.
Imagens divulgadas pela Polícia Civil mostram parte do material armazenado de maneira irregular, em uma das incursões policiais realizada no dia 21 de maio.
A mesma empresa já havia sido alvo de ação conjunta em abril de 2022, por armazenar e vender resíduos de abates. Na ocasião, foram apreendidas cerca de 50 toneladas de produtos de origem animal.
As investigações apontam que a empresa, após fechada na época, tentou atuar no estado do Rio de Janeiro, mas foi fechada em 2023, e retornou às atividades ilícitas no Espírito Santo em 2024, atuando da mesma maneira.
A empresa, então, foi interditada pela terceira vez, e determinada a destruição do material.
“Nós identificamos a participação desse empresário como mentor do esquema. Como ele sabia de tudo que funcionava, ele chamou outro empresário para abrir no nome desse segundo, vendia e o outro administrava. Ele tentou retomar com o crime”, disse o delegado.
Ainda segundo o delegado, diante dos fatos, em uma reunião com o Ministério Público, foi entendida a necessidade de interdição dos dois estabelecimentos. “Tanto da empresa do empresário, como a empresa onde estava o material”.