Os policiais penais flagrados almoçando com um detento em um restaurante, em Jacaraípe, na Serra, foram afastados das atividades de escolta, enquanto uma investigação interna está em andamento. O caso aconteceu no dia 8 de novembro.
O presidiário, que cumpre pena por homicídio, estava com uma camisa que o identificava como interno, mas caminhava livremente nas ruas, sem algemas.
O secretário de Justiça do Espírito Santo, Rafael Pacheco, disse que há uma anormalidade na situação.
“Há uma anormalidade naquela situação, não necessariamente porque o preso não está com algemas, mas o problema que eu vejo é que eles estão em um local público que não foi previamente preparado para a presença dos policiais e um preso não algemado”, disse o secretário.
De acordo com a Secretaria de Justiça, o detento era escoltado do interior do Estado para uma consulta médica na Grande Vitória.
Rafael Pacheco também informou que os policiais foram afastados somente da atividade de escolta, e que eles têm direito de defesa.
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Os policiais envolvidos no caso têm mais de 10 anos de serviços prestados e, segundo o secretário, nunca responderam a nenhum inquérito dessa natureza, no entanto, seguirão afastados até o fim das investigações.
Ainda segundo Rafael Pacheco, o inquérito pode durar até dois meses para ser concluído.
A Polícia Penal informou que a postura não condiz com os procedimentos da instituição.
“A Polícia Penal do Espírito Santo (PPES) informa que tomou conhecimento das imagens e que a postura é contrária aos procedimentos preconizados pela instituição. O caso será encaminhado à Corregedoria para apuração e providências”, informou a Polícia Penal por nota.