ES pode ser um dos primeiros estados a atingir imunidade coletiva pela vacina, diz secretário
O Espírito Santo pode ser um dos primeiros estados do Brasil a conseguir atingir a imunidade coletiva de sua população, em relação à Covid-19, por meio da vacinação em massa.
A expectativa foi dada pelo secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, e pelo subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, em coletiva de imprensa realizada na tarde desta segunda-feira (19) em Vitória.
“Estamos preparando condições para que o Espírito Santo avance ainda mais na velocidade de vacinação e diante da possibilidade de aquisição de vacinas por parte do governo estadual ou incremento de doses enviadas pelo governo federal, manter a capacidade da vacinação rápida por parte dos municípios capixabas. Dessa maneira, nós entendemos que o Espírito Santo poderá ser um dos primeiros estados do Brasil, ao longo deste ano, a alcançar uma imunidade coletiva por meio da cobertura vacinal”, afirmou Nésio.
O secretário de Saúde exaltou ainda o desempenho atual da vacinação no estado, que segundo ele está entre os melhores do país no ranking nacional em relação à porcentagem de pessoas vacinadas com doses enviadas pelo Ministério da Saúde.
“O Espírito Santo tem demonstrado uma grande capacidade de vacinação contra a Covid-19, alcançamos a condição de terceiro estado do Brasil com maior percentual da população já imunizada pelas doses disponibilizadas pelo Ministério da Saúde. Quando comparada também a proporção entre doses aplicadas e registradas com as doses recebidas pelo ministério também estamos entre a terceira e quarta melhor posição do país”, disse.
O subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, destacou na coletiva o perigo do aumento de internações e mortes por Covid-19 entre os mais jovens.
Segundo Reblin, o estado registrou um aumento de 43% de mortes entre jovens 18 ea 29 anos.
“Se tivermos uma variante que atinge os jovens, é grande o risco de óbito. Praticamente dobrou o número de óbitos em jovens que foram internados. O jovem não está imune a esta doença, tanto quem não teve a infecção quanto quem já teve. Há o risco de adoecer, adquirir a forma grave da doença”, afirmou Reblin, que também enalteceu a capacidade do estado na testagem da população.
“Neste momento temos melhores condições de testagem em massa, podemos fazer de sete a oito mil testes por dia. Os municípios estão fazendo entre novecentos a mil testes de antígeno por dia”, explicou.
O secretário de Saúde ainda fez uma previsão bem otimista sobre a vacinação no Espírito Santo e espera que em breve possa estar vacinando cerca de dois milhões de capixabas.
“Já estamos desenhando todos os cenários inclusive o de ampla disponibilidade de vacinas e já estamos identificando qual mobilização de recursos humanos e materiais serão necessários para imunizar dois milhões de capixabas em um único mês, caso tenhamos condições de adquirir vacinas e simultaneamente aplicar as vacinas que o Ministério da Saúde envia ao Espírito Santo”, contou.