O pai da mulher que foi agredida por militares durante uma abordagem em Guarapari disse que os policiais não erraram ao conter a filha.
O aposentado Edvaldo Ribeiro afirmou que a filha estava muito agitada, em surto, e que, ao morder o braço de um dos militares, eles acabaram reagindo para conter a filha.
“Talvez se eles não fizessem isso, seria pior. Ela ia partir para cima de um, ou filho de alguém aqui, e aí iam linchá-la. O policial não errou. Na minha opinião, ele agiu muito bem. Ela que foi nele e, para se livrar, ele fez isso”, disse o aposentado.
Os policiais militares que aparecem no vídeo dando socos na mulher foram afastados das ruas por 40 dias. A decisão foi tomada após um Inquérito Policial Militar ser instaurado pela Corregedoria.
O prazo para o inquérito ser finalizado é de 40 dias, que podem ser prorrogados por mais 20 dias. Durante o período, os militares vão ficar afastados cautelarmente das atividades nas ruas e vão permanecer em trabalho administrativo.
A mulher de 40 anos está internada em um hospital em Cariacica. O caso aconteceu na tarde de sábado (25). Os policiais militares foram acionados para dar apoio a socorristas do Samu que aguardaram para realizar a internação compulsória de uma paciente que estava em surto e agressiva, no bairro Praia do Riacho, em Guarapari.
A abordagem foi gravada por um morador, no momento em que os militares desferiram socos na mulher a fim de imobilizá-la no chão.
Pelas redes sociais, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, disse ser inaceitável a conduta dos policiais que aparecem no vídeo, e determinou que o Comando-Geral da Polícia Militar realize uma apuração rigorosa e providências imediatas aos fatos registrados.
“A conduta em evidência não representa os valores da nossa polícia”, disse.
Fonte: Tribuna Online