Como descobrir se você está sendo rastreado pelo celular

Como descobrir se você está sendo rastreado pelo celular

Para começar a mais nova seção TECNOLOGIA do ES em Foco, vamos mostrar dicas importantes para saber se o seu celular pode esta sendo rastreado.

Celulares são suscetíveis a ataques de malwares espiões, os chamados spywares ou stalkerwares, que podem rastrear as informações das vítimas. Em julho, mais de 130 mil usuários de dispositivos Android foram afetados por esse tipo de ameaça. Embora os spywares ajam de forma silenciosa, há alguns sinais que podem indicar que o aparelho está sendo rastreado.

Vamos listar algumas dicas que merecem atenção:

1. Alto consumo de dados móveis

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Picos no consumo de dados móveis podem ser indício de que celular está sendo rastreado — Foto: Reprodução/

O aumento no uso de dados móveis é um forte indicativo de que o celular pode estar sendo rastreado. Isso porque aplicativos espiões usam a Internet para enviar informações sobre a vítima ao cracker, fazendo com que a cota de consumo de dados seja ultrapassada. Caso desconfie de invasões ao aparelho, acesse as configurações e busque por “dados móveis” para conferir uma lista ordenada com os apps que mais consomem dados. Picos repentinos no gráfico podem indicar atividades de espionagem e rastreamento.

2. Queda drástica da bateria

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Embora não seja um fator determinante, o rápido consumo da bateria pode ser um indício de que o telefone foi hackeado. Se o usuário passa horas no YouTube ou mantém o brilho da tela no nível máximo, por exemplo, a queda acentuada da carga certamente está relacionada ao modo de uso do celular. É possível verificar o que está consumindo a energia do aparelho acessando as configurações e pesquisando por “bateria”.

Por outro lado, se você estiver usando o celular como de costume, e a bateria acabar em poucas horas, é possível que o telefone esteja infectado. Ao executarem ações como download de apps maliciosos e comunicação com servidores de comando e controle em segundo plano, malwares e spywares contribuem para a redução drástica da vida útil da bateria.

3. Envio ou recebimento de mensagens desconhecidas

Ransomwares podem enviar mensagens de texto aos contatos da vítima

Celulares infectados com ransomwares, classe de malware que sequestra os dados da vítima e cobra quantias em bitcoin pelo resgate, são capazes de acessar a lista de contatos do usuário e enviar, sozinhos, mensagens por SMS ou WhatsApp. Em geral, os recados usam ofertas promocionais ou pornografia para levar novas vítimas a clicarem em links maliciosos.

Cobranças de despesas inesperadas são outro indício de que o aparelho foi infectado com vírus. Os agentes maliciosos enviam mensagens de texto para números de serviços premium, que tarifam a conta telefônica. É provável que os “recibos” dessas transações fraudulentas apareçam na relação de mensagens SMS recebidas.

4. Superaquecimento

Além de acarretar custo extra de dados e consumo da bateria, aplicativos espiões podem provocar o superaquecimento do aparelho. Em alguns momentos específicos, como quando abrimos jogos pesados ou há muitas atividades sendo executadas ao mesmo tempo, o processador do celular eleva a frequência de trabalho, o que pode causar aumento da temperatura. No entanto, se o telefone está mais quente que o normal em momentos de repouso, algo pode estar acontecendo.

5. Aplicativos suspeitos

Google Play Store já removeu centenas de aplicativos falsos que continham adwares, malwares e spywares

Notou algum aplicativo que você não lembra de ter instalado no celular? Esse é mais um indício de que o aparelho está sendo espionado. Antes de tirar conclusões precipitadas, consulte o histórico de downloads da loja correspondente ao sistema operacional para conferir se o app foi ou não baixado — lembre-se que os aplicativos instalados com arquivos APK, no caso de celulares Android, não são registrados na lista da Google Play Store.

Em seguida, faça uma pesquisa sobre o app em questão e veja o que especialistas em tecnologia e outros usuários dizem sobre ele. Se continuar suspeitando da origem da aplicação ou confirmar seu caráter malicioso, é melhor apagá-la do smartphone. Vale ressaltar, no entanto, que o spyware pode ter se escondido em outros diretórios.

6. Publicidade saltando na tela

Anúncios pop-up são um dos indícios mais claros de que o aparelho foi contaminado por malwares. Alguns deles são capazes de gerar propagandas que “saltam” na tela durante o uso comum do celular e convidam o usuário a executar diferentes ações, que podem levar à contração de mais vírus. Às vezes, esses pop-ups maliciosos podem vir sob a forma de avisos do sistema.

7. Ruídos de fundo

Se você começar a notar ruídos de fundo, como beeps ou vozes, em ligações telefônicas, é provável que um terceiro esteja gravando a chamada. Barulhos durante a reprodução de áudios também são um sinal de que o telefone pode ter sido invadido. Neste último caso, é importante verificar se o aparelho apresenta algum defeito de hardware.

Como se proteger

Boa parte dos malwares espiões é contraída a partir de ataques de phishing. Promoções “boas demais para serem verdade”, e-mails falsos de instituições financeiras, mensagens SMS de prêmios e convites para instalar aplicativos são algumas das iscas mais usadas para atrair vítimas a endereços eletrônicos contaminados. Por mais que o remetente seja um amigo, nunca clique em links desconhecidos.

Outra recomendação importante é evitar baixar aplicativos de fontes externas, os chamados APKs. Não há como garantir a integridade de um app desenvolvido por terceiros: é possível que o software tenha sido modificado sem que o desenvolvedor saiba para interceptar dados e infectar o aparelho do usuário, já que o processo de distribuição da aplicação se dá por meio de lojas independentes, sem as mesmas garantias que o espaço oficial da Google Play Store oferece aos usuários de Android.

E você? Notou algo diferente em seu aparelho? Já foi rastreado? comente

Espero que tenham gostado desta nova seção do ES em Foco, onde o intuito é manter nossos leitores sempre informados.

Fonte: Segurança na Tecnologia

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