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Notícias

Após festa, casa de eventos de Guarapari é notificada pela prefeitura

Reunião entre amigos reuniu cerca de 10 pessoas, não tinha fins comerciais e foi feita sem autorização do proprietário do estabelecimento. Caso ficou entre os assuntos mais comentados no twitter

O pedido para evitar aglomerações tem sido uma recomendação recorrente por parte de autoridades e especialistas desde que a pandemia do novo coronavírus passou a atingir o Espírito Santo. Ainda assim, na noite desta terça-feira (05), alguns jovens decidiram se reunir para uma festa, em uma casa de eventos de Meaípe, em Guarapari. O evento chegou a colocar a cidade saúde entre os assuntos mais comentados do twitter.  

De acordo com a Polícia Militar, a festa reuniu cerca de 10 pessoas e não tinha fins comerciais. Vídeos que circulam pelas redes sociais mostram que alguns dos convidados chegaram a ironizar a possibilidade de contaminação pela Covid-19. 

REUNIÃO ENTRE AMIGOS ACONTECEU SEM CONSENTIMENTO DO DONO DO ESTABELECIMENTO

A reportagem de A Gazeta conversou por telefone com o administrador da casa de eventos, Vinicius Brina, de  60 anos. Segundo Brina, o filho dele, de 24 anos, sem pedir permissão, convidou alguns amigos para uma “reuniãozinha”. A casa, que costuma receber festas de fim de ano, está fechada e à venda, e o evento desta terça-feira (05) deixou o administrador extremamente irritado.

 “Meu filho, ontem, reuniu algumas pessoas lá. Convidou quatro ou cinco amigos sem a minha autorização. Meu filho não me pediu, não me falou que ia para lá. As pessoas que fizeram o vídeo estiveram rapidamente por lá, cerca de meia hora, entraram gravaram aquele vídeo e saíram. O disque silêncio esteve lá, viram que não tinha nada e foram embora. Esse não é o tipo de postura que eu gostaria que a minha família tivesse em um momento como esse. Estou muito chateado. Meu filho já foi altamente repreendido”, contou.

CASA EMITIU NOTA

Por nota,  proprietário do local, Daniel Santiago, informou que não tinha conhecimento do evento. De acordo com ele, o imóvel não foi alugado para essa finalidade e a festa foi organizada pelo enteado do administrador sem a devida autorização.

“As festas contratadas para acontecer no local foram suspensas cumprindo a determinação do Governo do Estado para que sejam evitadas aglomerações durante o período de isolamento social. O proprietário lamenta o ocorrido e reforça seu compromisso em seguir as orientações das autoridades de saúde para evitar a propagação do novo coronavírus. Por fim, se coloca à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos necessários sobre esse episódio”, diz a nota.

PROPRIETÁRIO FOI NOTIFICADO PELA PREFEITURA

A Prefeitura de Guarapari, através do Disque Silêncio, realizou operação no local, na noite desta terça-feira (05), e notificou o proprietário. O município informou, por nota, que caso volte a acontecer situação semelhante, o estabelecimento poderá ser multado.

“Em Guarapari, está proibida a realização de eventos, festas e atividades com a aglomeração de pessoas. Inicialmente foi realizada notificação recomendatória. Caso haja descumprimento e constatação de emissão de ruídos, então serão aplicadas as penalidades como multas. A notificação foi realizada com base na aglomeração de pessoas. Considerando o aumento dos casos confirmados da COVID-19 no município, a Prefeitura de Guarapari reforça a necessidade do isolamento social e conta com o apoio da população, para auxiliar no combate à pandemia”, diz a nota do município.

O QUE DIZ A PM

A reportagem também procurou a Polícia Militar, que informou que “a casa é asilo inviolável do cidadão, cabendo sua violação em casos específicos de flagrante delito ou para prestar socorro”. 

“De acordo com o que fora constatado pela equipe policial e registrado em ocorrência, havia cerca de 10 pessoas no local e não se tratava de um evento comercial. Mesmo que fosse verificada a condição de aglomeração no interior da residência, caberia à PM, tão somente, a orientação aos moradores em relação aos cuidados com a Covid-19. Situações de som acima do limite permitido, o controle cabe aos órgãos de fiscalização da Prefeitura do Município e, caso solicitado pelo órgão, os policiais prestam apoio na ocorrência”, afirmou a PM.

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