O Espírito Santo deverá ter 36 municípios com risco alto de coronavírus na próxima semana, conforme a matriz de risco desenvolvida pelo Governo do Estado. As outras 42 cidades capixabas serão consideradas como de risco moderado. Nenhum estará classificado como de risco leve.
A informação foi divulgada no final da tarde desta sexta-feira (05) pelo governador Renato Casagrande, durante uma entrevista coletiva. O governador ressaltou, no entanto, que esse panorama pode ser alterado até o início da semana que vem, dependendo dos dados que serão computados nesta sexta-feira. A atual classificação foi feita levando-se em consideração os dados computados na quinta-feira (04).
Os municípios que estão como risco alto são: Afonso Cláudio, Água Doce do Norte, Águia Branca, Alfredo Chaves, Alto Rio Novo, Anchieta, Apiacá, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Bom Jesus do Norte, Cariacica, Castelo, Colatina, Ecoporanga, Fundão, Guaçuí, Guarapari, Ibiraçu, Itapemirim, Itarana, João Neiva, Mantenópolis, Marataízes, Marechal Floriano, Mimoso do Sul, Mucurici, Muniz Freire, Muqui, Piúma, Presidente Kennedy, Santa Tereza, São Roque do Canaã, Serra, Viana, Vila Velha e Vitória.
De acordo com o governador, com esse novo cenário, nenhum município poderá ter o comércio aberto aos sábados, já que a atividade econômica, nos municípios com risco moderado e alto, só podem funcionar de segunda a sexta-feira. No caso das cidades com risco alto, esse funcionamento deve ocorrer de forma alternada, com cada dia destinado a um segmento.
Variáveis
A atual matriz de risco leva em consideração o coeficiente de incidência do coronavírus nos municípios — quantidade de casos confirmados —, a taxa de letalidade da doença, o índice de isolamento e o percentual de pessoas acima dos 60 anos. Além disso, considera o percentual de leitos ocupados como fator de vulnerabilidade.
Cada uma dessas variáveis tem um peso na classificação da ameaça nos municípios. O coeficiente de incidência tem peso de 50%, as taxas de letalidade e de isolamento, 20% cada uma, e o percentual de idoso, 10% de peso. Com base nisso, é feito um cálculo matemático que estabelecerá o nível de ameaça do coronavírus em cada cidade.
Além disso, a taxa de ocupação de leitos de UTI para covid-19 é levado em consideração na hora de definir a situação do município nessa nova matriz de risco. Uma taxa de ocupação de até 50% é considerada adequada; entre 51% e 80% de ocupação, há uma situação de alerta; de 81% a 90%, o grau de vulnerabilidade é considerado crítico; e acima de 91%, entre-se no chamado plano de crise, podendo-se adotar medidas mais rigorosas nas cidades classificadas como de risco extremo.