Coruja rara com dois chifres se abriga em casa de família em Guarapari

Coruja rara com dois chifres se abriga em casa de família em Guarapari

Uma família de Guarapari foi surpreendia com a visita de uma coruja rara, e decidiu abrigar a ave em casa, oferecendo comida e água na boca. O aposentado Maurino Arcanjo, 76 anos, e o neto Carlos Antônio Arcanjo, 11, contam que a ave se tornou o xodó da família, e que estava comendo mais peito de frango do que os próprios humanos.

A ave, que é da espécie Ásio Clamator, conhecida entre os especialistas como coruja-orelhuda, coruja-gato (Pernambuco), coruja-listrada e mocho-orelhudo, ficou cinco dias na casa família.

“A coruja apareceu no trabalho da minha mãe, e as pessoas queriam come-la. Como moramos perto da mata, minha mãe decidiu trazer ela para casa. Ela não conseguia voar de volta. A coruja veio dentro de uma caixa, e andou de moto ainda. Quando ela chegou aqui, não sabíamos o que ela poderia comer. Então depois carne vermelha, e ela não quis. Demos frango e ela gostou. Acabou comendo mais frango do que a gente nesses últimos dias”, conta o neto.

Sr. Antônio disse que a coruja não ficou dentro da gaiola, e apesar de ter ficado solta, estava sempre perto deles. Preocupada, a família decidiu entrar em contato com a prefeitura, para saber sobre os procedimentos.

“Não tínhamos condições de ficar alimentando ela com peito de frango, e não sabíamos ao certo sobre os procedimentos de como ficar com uma coruja. Quando ligamos para a prefeitura, fomos informados que os biólogos precisavam buscar. Decidimos colocar a coruja na gaiola, para que ela não fosse embora enquanto eles não chegavam para buscar”, disse o aposentado.

O biólogo e coordenador do Parque Municipal Morra da Pescaria, Rivelino Galvão, realizou na manhã desta terça-feira (23), o resgate da coruja, que segundo ele ficará em observação até ser solta no parque, que é uma área preservada na cidade.

O animal aparenta estar em fase de crescimento, ainda jovem, e pode ter aparecido para a família, após a ave ter sido expulsa do território pelos pais. E isso é comum entre as aves. Essa ave saiu do seu ninho, e agora está procurando sua própria área de sobrevivência. A ave pode até voltar para a casa dessa família. Se ela gostou do tratamento, pode encontrar aqui novamente mesmo”, disse Galvão.

Fonte: tribunaonline.

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