Os professores de Vitória prometem acionar a Justiça para barrar o retorno presencial das aulas, anunciada pelo prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos) para a próxima segunda-feira (10). O anúncio foi feito por meio de um vídeo, divulgado nas redes sociais.
Ao Jornal A Tribuna, o diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado (Sindiupes), Paulo Loureiro, afirmou que o prefeito não dialogou com os profissionais da rede e diz que não entende o posicionamento, já que a Grande Vitória está em risco alto de transmissão da Covid.
“Aguardamos a decisão ser publicada no Diário Oficial ou no órgão oficial para tomarmos as medidas jurídicas necessárias para barrar esse absurdo”.
Já o vice-presidente do Sinepe, Eduardo Costa Gomes, disse que o sindicato foi convidado para a reunião. “Deixamos claro que as escolas estão prontas para voltar, assim que houver a condição, através da autorização do Estado”.
Entenda o caso
Suspensa desde o dia 18 de março, Vitória anunciou na terça-feira (04) que as aulas presenciais serão retomadas na capital a partir de segunda-feira. Horas após o anúncio do prefeito Lorenzo Pazolini nas redes sociais, o Sindiupes disse que vai recorrer à Justiça.
A decisão do retorno foi anunciada após reunião com o presidente do Sindicato das Empresas Particulares de Ensino (Sinepe), Moacir Lellis; o presidente da Assembleia, deputado Erick Musso; e o médico e coordenador da região Sudeste da Sociedade Brasileira de Pediatria, Rodrigo Aboudib.
“Com muita responsabilidade e serenidade, o município vem debatendo a necessidade do retorno da volta às aulas. É chegado o momento. Estamos perdendo toda uma geração. Não dá mais para aceitar esta condição”, disse Pazolini, ressaltando que é preciso respeitar a ciência, mas também ouvir os especialistas e os pais.
Sem detalhar como será o retorno, garantiu que os alunos da rede municipal (43.618) serão recebidos com zelo e respeito às normas sanitárias.
Ao final da reunião, os convidados gravaram mensagens em defesa da volta presencial. Erick Musso garantiu que o debate sobre o retorno gradual será levado à Assembleia para que o restante do Estado possa ser contemplado.
Nesta quarta, deverá ser votado o requerimento de urgência de um projeto de lei do deputado estadual Capitão Assumção, que classifica a Educação como atividade essencial.