Um menino de apenas 6 anos foi covardemente espancado pelo pai, nesse domingo (27), em Caratinga, na região do Rio Doce, após o homem alegar que “perdeu a paciência” durante a tarefa escolar da criança.
De acordo com informações da Polícia Militar, militares deslocaram até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade para onde o garoto foi levado, e o pai estava na porta, onde foi preso. Em conversa com os policiais, o suspeito, de 26 anos, contou que estava em casa com o filho ensinando a tarefa quando perdeu a paciência.
Na versão do agressor, como forma de castigá-lo, ele deu “diversos golpes com um chinelo nas pernas da criança, agrediu ela com socos na região do rosto, chutes na região das costelas e membros inferiores e em ato contínuo deu uma ‘rasteira’ nele”.
Nesse momento, a criança caiu e bateu a cabeça em um móvel. O menino ficou inconsciente, “apresentando tremores involuntários em aparente crise convulsiva”, conforme o registro policial. O pai providenciou o socorro médico, sendo que a criança deu entrada na UPA em estado gravíssimo, precisou ser entubada e levada para outra unidade de atendimento para tratamento intensivo.
Ainda conforme a Polícia Militar, o menino corre risco de morte. Ele precisou ser transferido para o Hospital de Pronto Socorro João XXIII, em Belo Horizonte, onde segue internado. A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), responsável pelo hospital, não divulga o estado de saúde dos pacientes.
Durante o registro da ocorrência, o irmão do agressor, de 19 anos, também foi preso por desobediência. Segundo o boletim, o jovem teria fugido do imóvel com uma arma de fogo. Ao ser abordado, ele se recusou a informar o local que teria escondido o objeto.
Os dois foram encaminhados à Delegacia de Caratinga. Por meio de nota, a Polícia Civil informou que o pai foi preso em flagrante.
“A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu em flagrante o pai da criança por tortura e após a prisão o encaminhou ao sistema prisional. Além de ter confessado o crime, o homem, que é o responsável pelo filho, já que mãe da criança é falecida justificou as agressões por estar embriagado. A autoridade policial também ouviu o tio da criança espancada, mas ele negou que estava na casa do suspeito e/ou qualquer envolvimento na ocorrência, e foi liberado. A Polícia Civil segue com as investigações para total esclarecimento dos fatos”.