A mãe que registrou, em vídeo, a ameaça de estrangular e matar a própria filha foi encontrada morta na última quarta-feira. Ela aparece nas imagens ameaçando a criança de apenas oito meses, em um bairro da Serra.
Por meio de nota, as polícias disseram que não passam informações sobre ocorrências de suicídio. O vídeo, com imagens fortes, circulou nas redes sociais e mostrou a mulher ameaçando o bebê. Nele é possível ver a mãe amarrando o pescoço dela e puxando com um cinto.
Entenda o caso
Uma mulher foi parar na delegacia depois de gravar um vídeo, no qual aparece utilizando um cinto de roupa para estrangular a própria filha, de 8 meses, no bairro Feu Rosa, na Serra. A suspeita foi conduzida à 3ªDelegacia Regional da Serra, ontem, depois que as imagens foram compartilhadas nas redes sociais.Apesar de ter assumido para a família a autoria das imagens, a mulher foi liberada pela polícia e saiu da delegacia acompanhada de familiares durante a noite de terça-feira.
No vídeo, é possível ouvir o choro do bebê, que tem o cinto afivelado no pescoço e é enforcado por alguns segundos. A mulher ameaça matar a própria filha, durante a gravação. Depois que o vídeo repercutiu, a mãe da criança foi localizada pelo Conselho Tutelar do município e conduzida à delegacia.
A avó da criança, que pediu para não ser identificada, disse que não sabia da filmagem e só soube da gravação na delegacia. Ela acompanhou o momento em que a filha foi levada para prestar esclarecimentos e disse que a suspeita sofre com problemas psicológicos.
“Minha filha esta com a depressão muito aguçada. Minha filha é uma menina muito alegre, sempre vivia cantando com as crianças dentro de casa”, disse a avó da criança, em entrevista a TV Tribuna/SBT.
Segundo ela, parte desses problemas foram causados pelo companheiro da filha, que vive um relacionamento conturbado com ele com ameaças e agressões.
A avó da criança disse que a mulher está arrependida do que fez. “Ela falou: ‘mãe, eu errei e tenho que pagar’. Ela chorou muito e disse: ‘meu Deus, o que eu fiz com minha filha?’”, informou.
A suspeita tem mais um filho e as duas crianças, agora, vão ficar sob os cuidados da avó. “A polícia falou que vou ficar responsável pelas crianças, porque minha filha vai precisar fazer tratamento”, explicou ela.
Durante o tempo em que a equipe esteve na porta da delegacia nenhum representante do Conselho Tutelar ou da polícia apareceu para explicar o motivo da mulher ter sido liberada, após prestar esclarecimentos.