Empresário pode ter aliciado ao menos 10 adolescentes para fazer sexo, aponta polícia

Empresário pode ter aliciado ao menos 10 adolescentes para fazer sexo, aponta polícia

Um empresário de 38 anos foi indiciado por aliciar adolescentes para ter relações sexuais com elas. A polícia investiga o envolvimento do suspeito com ao menos dez adolescentes, que teriam sido vítimas do empresário do ramo de autopeças.

A Polícia Civil apreendeu, nesta sexta-feira (16), uma mochila com diversos aparelhos eletrônicos na casa do suspeito no bairro Barro Vermelho e no escritório da empresa dele, no bairro Santa Lúcia, ambos localizados em Vitória.

Segundo as investigações, o rapaz levava meninas para um motel, saía com elas para lanchar e as orientava a falar com os pais que se tratava de uma ofertas de estágio.

De acordo com o delegado Diego Bermond, a polícia chegou até o empresário após os pais de uma das meninas desconfiarem que algo estava errado. Os familiares olharam o celular da filha e descobriram o crime. 

“Um dos pais desconfiou que o estágio não era de verdade, acessou o celular da jovem e comunicou a polícia. Conseguimos constatar que, além daquela adolescente, outras jovens teriam sido vítimas do empresário”, relatou. 

As investigações apontam que pelo menos dez meninas podem ter sido vítimas do rapaz. 

“Nós conseguimos constatar pelo menos quatro vítimas, mas após o cumprimento dos mandados de buscas e apreensões, temos convicções que esse número passa de dez vítimas”, afirmou o delegado. 

A prática estava acontecendo, segundo a polícia, há pelo menos um ano. “Conseguimos identificar que ele ofertava R$ 1.200 reais para que elas ficassem com ele durante o mês, e mais R$ 200 para cada adolescente que a vítima indicasse para ele”, explicou. 

Segundo a polícia, o dinheiro era para que as jovens tivessem relações sexuais com ele. O suspeito ainda filmava os atos. A idade das vítimas não foi informada.

Mandados de apreensão também foram cumpridos em Vila Velha e Cariacica. Outras pessoas, consideradas comparsas do empresário, podem estar envolvidas no crime.

O delegado informou que o empresário confirmou que pagava para ter relações sexuais, mas negou que as jovens fossem menores de idade. Ele será indiciado, mas vai responder em liberdade.

“É um crime que pode ter 10 anos de reclusão, sem contar outros tipos de delitos que a gente pode atribuir ao longo da investigação, como possuir no telefone celular e dispositivos eletrônicos imagens e vídeos de adolescentes em práticas de sexo ou nudez.”

Operação é realizada em outras cidades do país

As apreensões realizadas na casa e no escritório do empresário fazem parte da Operação Acalento, deflagrada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e pelas Polícias Civis de 26 Estados e do Distrito Federal. 

O objetivo da ação é combater crimes de violência contra crianças e adolescentes. A operação inédita acontece em 1.047 municípios desde o dia 4 de junho. O “Dia D” ocorre nesta sexta-feira (16), quando estão sendo cumpridos 374 mandados de prisão.