O comando da Polícia Militar em Guarapari comentou o caso dos policiais filmados durante uma ação para conter uma mulher em crise psicótica na cidade. O caso aconteceu no último sábado.
O comandante do 10º Batalhão, tenente coronel Caus, recebeu alguns jornalistas e expressou sua posição sobre o ocorrido. O comandante lembrou que nenhuma ocorrência é simples.
“Nós podemos pegar aqui em Guarapari vários exemplos de ocorrências simples de brigas familiares que escalaram para crimes mais graves até o homicídio. Nessa ocorrência é lógico que este não era o desfecho que nós queríamos. Para ambas as partes, inclusive. Para a senhora, que sofreu lesões leves, pelo que nos foi informado, e para nosso policial, que também se lesionou. Teve prejuízo para todas as partes”, disse o comandante.
E continuou: “A corregedoria abriu o Inquérito Policial Militar e vai tomar todas as providências. Não podemos ficar julgando, condenando sem antes apurar todos os fatos. Temos quarenta dias para terminar o inquérito e apresentar as conclusões”.
A capitão Clicia, que é a comandante da Segunda companhia, onde os policiais são lotados, lembrou que nenhum dos dois tem qualquer histórico negativo na corporação.
“Os dois policiais militares envolvidos na ocorrência estão na corporação desde 2013, sempre trabalharam em Guarapari e não possuem nenhum histórico de agressões ou de nenhum outro tipo de problemas. Pelo contrário, eles atuam na patrulha da comunidade desenvolvendo um trabalho de aproximação com a população do Centro e dos outros bairros que são da área da Segunda Companhia. Porém foram acionados para dar apoio a uma ocorrência do Samu e alí, devido principalmente ao uso proporcional da força para conter essa senhora, acabou gerando essa que será apurada”, explicou a capitão.
O policial ainda lembrou do histórico de violências que a mulher tem. Em primeiro de agosto outra guarnição foi chamada para uma ocorrência envolvendo a mesma mulher. Na ocasião, ela usou uma faca para agredir uma vizinha, que foi atingida no braço. Os dois policiais que atenderam a ocorrência também ficaram com lesões, um no braço e outro na mão.
O comandante também informou que a família da mulher está sendo assistida e receberá uma visita conciliadora da Pm para tatar do assunto. Lembrando que foi o pai da mulher que acionou o Samu e a Pm. Dois dias depois do caso um vídeo passou a circular nas redes sociais onde aparece o pai dando uma entrevista elogiando a ação da PM e afirmando que se não fosse assim, a coisa teria sido muito pior, pois ele sabe do que a filha era capaz de fazer.
Como é padrão em casos do tipo, os dois policiais foram afastados das ruas e a partir desta quarta-feira passaram a trabalhar em funções administrativas até o encerramento do inquérito.