O Espírito Santo saiu de 3% de presença da variante ômicron do coronavírus no início de dezembro para 97% na última sexta-feira (7).

A informação foi divulgada pelo secretário estadual de Saúde, Nésio Fernandes, em pronunciamento feito nesta segunda (10).

“No mundo, nós tivemos um comportamento da variante ômicron que se tornou predominante em países com bons índices vacinais e onde a variante delta predominava. Foi muito rápido e teve uma característica diferente do que foi o avanço da variante delta sobre a variante gama, em um período ainda sem boa cobertura vacinal. Neste momento, há sim um aumento das internações hospitalares e uma pressão maior nas unidades pediátricas e em adultos não vacinados. No Brasil, a ômicron deve alcançar mais de 90% de presença na transmissão comunitária. Aqui no Espírito Santo, a partir das análises do Lacen, nós saímos de 3% de presença da variante ômicron no início de dezembro para 97% na última sexta-feira”, disse o secretário.

A confirmação de circulação da variante no estado aconteceu em dezembro.

Ômicron: o que se sabe sobre a variante

Nésio ressaltou também a alta no número de casos de Covid-19 registrados no estado nos últimos dias.

“Neste final de semana, concluímos que está estabelecido um aumento muito acelerado de casos no ES. Na Grande Vitória saímos de 354 casos para 2.467, um aumento de quatro vezes em uma única semana. No total do estado, saímos de 1.937 para 6.685, ainda temos resultados dos testes de RT-PCR pendentes de serem lançados, principalmente de sexta e sábado”, explicou.

O secretário disse que existe um comportamento de aceleração da curva de casos no Espírito Santo.

“Podemos relacionar com o aumento da oferta de testagem, no entanto, a positividade aumentou no estado. Tivemos um aumento de 7,43% no mês de dezembro para 13,79% na primeira semana de janeiro. A positividade dos testes de antígeno saiu em dezembro de 8,48% para 16,87% na primeira semana de janeiro. Em alguns pontos de alto fluxo, a positividade alcançou o percentual de 20% a 25% ao longo da última semana”, disse Nésio.

Sobre a vacinação contra a doença, Nésio disse que aproximadamente 1,3 milhão de capixabas tomou apenas uma dose ou não foi vacinado.

“Temos aproximadamente 1,3 milhão de capixabas somente com uma dose ou sem nenhuma dose de vacina, incluindo os adolescentes e crianças que não tiveram a oportunidade de se vacinar. A cobertura vacinal dessas faixas etárias e dos adultos que não se vacinaram implica em uma fragilidade”, contou.