Lorenzutti afirma que valor da passagem não cobre custos operacionais

Lorenzutti afirma que valor da passagem não cobre custos operacionais

Desde o início da execução do serviço de transporte público de passageiros, a empresa vem sendo submetida a uma grave crise financeira, diante da histórica defasagem tarifária que lhe é imposta pelo Município de Guarapari/ES, ao fixar o valor da tarifa incapaz de cobrir os custos do sistema.
Essa situação é agravada pelo fato de que o Município de Guarapari/ES NÃO FORNECE QUALQUER AUXÍLIO OU SUBSÍDIO À CONCESSIONÁRIA, seja em razão das gratuidades ou por passageiros transportado, tal qual ocorre normalmente em diversos outros sistemas de transporte atuantes na Grande Vitória e em todo Brasil.
A título de exemplificação, no Sistema TRANSCOL o passageiro paga na roleta o valor de R$4,20, entretanto o Governo do Estado complementa o valor da tarifa pagando as empresas um subsídio R$ 1,39 por cada passageiro transportado, sendo assim, o valor da real da tarifa é de R$5,59.
Além disto, desde março/2020 (início da Pandemia) as empresas do TRANSCOL receberam o DIESEL nas garagens custeados integralmente pelo Governo do Estado, bem como foi autorizada a retirada dos cobradores, possibilitando que as empresas equalizassem seus custos, fato este que não ocorreu em Guarapari.
Outro fato, que vem agravando ainda mais o desequilíbrio financeiro da concessionária, se dá graças a LIVRE ATUAÇÃO DO TRANSPORTE CLANDESTINO DE PASSAGEIROS NESTE MUNICÍPIO, que atuam apenas nos horários de “Pico” na frente dos ônibus, transportando apenas os passageiros pagantes, ou seja, não transportam as gratuidades (idosos, deficientes, cadeirantes, etc.) e os estudantes.
Apesar disso, a empresa vem, desde o início, adotando as medidas necessárias para manter a prestação adequada do serviço de transporte público, pois essencial para milhares de munícipes.
A recente alteração de tarifa determinado pelo Poder Executivo Municipal se deu apenas em cumprimento da legislação municipal que prevê a necessidade de reajuste anual da tarifa do transporte público, todavia, ainda assim, foi fixada em valor insuficiente para cobrir com os custos operacionais do sistema, que deveriam estar sendo subsidiados pelo Município.