Os parlamentares de Piúma decidiram fazer um curso em Brasília, na conhecida marcha dos prefeitos e dos vereadores. Dos 11 edis, apenas Walace Campi não foi. Entre passagem, translado, hospedagem e o curso, foram gastos precisamente R$ 85.538,11. Foram para a capital federal: Elber Luiz, Bernadete, Danielzinho, Bruno da OI, Eliezer Dias, Fabrício Taylor, Fernanda Taylor, José Carlos Araújo, Jorge Miranda e Tobias Scherrer.
Enquanto isso, o vereador Fabrício Taylor leu em recente sessão uma matéria do jornal A Gazeta que aponta que a pobreza expandiu em 50% em Piúma nos últimos dois anos. Levando-se em consideração que o preço médio de uma cesta básica é de oitenta reais, seria possível comprar com o valor gasto pelos vereadores, 1000 (mil) cestas para ajudar essas pessoas que ficaram mais pobres.
As passagens aéreas (lógico, um vereador não pode ir para Brasília de ônibus) custaram aos cofres públicos R$ 41.048,10. Com translado foram mais R$ 3.000. Pelo importante curso foi pago R$ 6.500,00 e com as diárias de hotel R$ 3.499,00 por pessoa (isso mesmo), totalizando R$ 34.990,00 com hospedagem.
O evento é intitulado de UVB ( União dos vereadores do Brasil) onde são realizadas palestras e explanações sobre o trabalho parlamentar. Segundo p presidente da casa, José Carlos Araújo, o vereador precisa se qualificar, como qualquer outro servidor de órgão público. Ele ainda afirmou que entre os intervalos tem ido em ministérios com deputados para conseguir emendas para o município (vamos ver se vão conseguir) e ainda analisando emendas perdidas.
O evento conta com 3600 vereadores, como temos mais de 58 mil no Brasil, a representação gira em torno de 5%. Se a Câmara de Piúma levasse isso em consideração mandaria apenas um parlamentar. As Câmaras vizinhas de Anchieta e Guarapari não foram ao evento. Inclusive em Anchieta, a questão de viagens foi motivo de cassação de mandato em anos anteriores. Será que se fosse eles pagando iriam?