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Notícias

Número de pessoas com porte de arma no ES cresce quase 20% em um ano

O número de pessoas com porte de armas no Espírito Santo aumentou 18,7% nos quatro primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a abril, 753 pessoas foram autorizadas a circular com armas, contra 634 no mesmo período de 2021.

Por outro lado, o número de cidadãos com posse de arma, ou seja, que podem ter o objeto, desde que ele fique dentro de casa, caiu de 2.974 para 2.822.

Os dados são da Polícia Federal no Espírito Santo, que apontou ainda que a maioria das pessoas que solicita o porte de armas é composta por homens.

“Realmente houve um aumento de pedidos de 2019 para cá. Aqui na Superintendência praticamente triplicou a quantidade de requerimentos de armas em geral”, destacou a delegada da Polícia Federal Clarissa Fernandes.

Para a socióloga Maria Angela Rosa, a flexibilização de algumas regras editadas pelo governo federal contribuiu para o aumento de armas em circulação. 

“Tem mais de 20 atos facilitando o porte e uso de armas, com queda de tributos em importação de armas. E o incentivo da própria população em resolver seus conflitos por si próprio, usando a arma”, frisou.

O presidente Jair Bolsonaro, por meio de decretos, alterou trechos do Estatuto do Desarmamento. Em 2019, o número de categorias profissionais que podem ter acesso ao porte, como advogados e caminhoneiros, foi ampliado. 

Já no ano passado, Bolsonaro aumentou de quatro para seis a quantidade de armas que cada cidadão pode ter em casa. Somente em 2022, foram feitos 2.822 registros de novas armas no Espírito Santo. 

A instrutora Nayara Perim trabalha em um clube de tiros de Vila Velha e conta que a procura pelos treinamentos cresceu nos últimos anos. 

“As pessoas viram que é acessível, que eu posso ter uma arma desde que eu preencha os pré-requisitos determinados. E o público não é específico. A maioria ainda é homem, mas mulheres também estão procurando bastante esse universo do tiro. E são das mais variadas áreas. Tem médico, empresário, professor. Não tem um perfil específico para ser atirador não”, ressaltou.

O administrador Alexandre Daroz frequenta o local há dois anos. Ele afirma que tem o porte de arma, ou seja, autorização para andar armado, mas afirma que treina principalmente para aliviar o estresse.

“Eu adoro vir para cá. Durante o dia eu também dou uma fugidinha e venho para cá. Venho bastante”, afirmou. 

Especialistas garantem que armas não garantem segurança

Os motivos para decidir ter uma arma são muitos. No entanto, especialistas garantem que armar a população não significa mais segurança.

“Ter arma não é segurança, pelo contrário. Inclusive, é um risco até dentro das próprias casas, porque adolescentes são curiosos e vão tentar ver como funcionam essas armas. Pequenos conflitos domésticos às vezes poderiam ser resolvidos de uma forma dentro do próprio lar, mas são resolvidos na bala. Então arma nunca foi sinônimo de segurança”, afirmou Maria Angela Rosa.

“Ter mais armas realmente não traz mais segurança para a sociedade, e nem mesmo ao indivíduo. Os estudos mostram que quem reage tem a probabilidade muito maior de ser alvejado, por já ter sido, de certa forma, rendido. O efeito surpresa é que é preponderante no combate”, destacou o especialista em segurança Fabrício Sabaini.