Homem que matou ex-mulher com 16 tiros é salvo pela polícia de ser morto por traficantes

Homem que matou ex-mulher com 16 tiros é salvo pela polícia de ser morto por traficantes

“É sempre assim. Quando precisa atrasar a polícia sempre chega adiantada”. O comentário é de um cidadão ao tomar conhecimento de que policiais resgataram Queven da Silva e Silva, 26 anos, que tinha sido amarrado em um poste por traficantes do Morro dos Prazeres, favela do Bairro Santa Tereza, no Rio.

Queven seria submetido ao Tribunal do Tráfico por ter matado a cabeleireira Sarah Jersey Nazareth Pereira, 24 anos, em quem atirou 16 vezes por volta das 04h20m de terça-feira, 26, no centro do Rio de Janeiro. Antes de matar a vítima, o assassino enviou mensagem pelo WhatsApp avisando que a picotaria a balas.

Segundo o delegado Rômulo Assis, que investiga o caso, Queven disse na mensagem que iria invadir a casa da vítima e atirar contra ela, o que acabou cumprindo. Ele foi preso por volta das 09h, quando foi encontrado amarrado em um poste e ao desamarra-lo os policiais descobriram que ele era um homicida.

O assassino matou Sarah Jersey por volta das 04h20m, ao lado dos dois filhos, um de dois meses e outro de quatro anos. O estranho é que Queven tem 47 anotações que incluem desde roubo, tráfico de drogas a homicídio, além de ter 11 mandados de prisão em aberto, e mesmo assim continuava em liberdade.

Conduzido à Delegacia de Polícia, Queven se recusou a prestar depoimento, dizendo que só se manifestará diante do juiz. Ele foi colocado à disposição da justiça no Sistema Prisional. Segundo a polícia nenhuma das crianças foi agredida pelo assassino, e nem a irmã da vítima, que presenciou o crime.

O assassinato de Sarah Jersey gerou revolta pelo fato de ela ser uma pessoa trabalhadora, amada por todos, e principalmente pela ineficácia da justiça ao deixar solto um indivíduo com 47 passagens pela polícia por diversos crimes e a omissão da polícia em cumprir os 11 mandados de prisão em aberto contra ele.