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Notícias

‘O mínimo que a gente vai buscar agora é justiça’, diz pai de menina morta em ataque a escolas 

O pai da menina Selena Sagrillo, morta no ataque a escolas em Aracruz, no Espírito Santo, o represente comercial Érick Serafim Zuccolotto, falou neste domingo (27) pela primeira vez sobre o ataque e disse em um vídeo que o mínimo que a família vai buscar é Justiça. Além de Selena, outras três pessoas morreram e 13 ficaram feridas.

“O mínimo que a gente vai buscar agora é justiça. Ele claramente tinha muito ódio no coração e isso não é algo que surge da noite pro dia. Além de tudo, ele planejou, foi frio até na hora de confessar o crime”, disse o representante comercial.

No mesmo vídeo, Érick disse que a família vai entrar com um processo contra o pai do assassino, que é policial militar.

O representante comercial também falou sobre a dor da perda da filha.

“Já desabei várias vezes. Desde sexta-feira, sobrou só um vazio dentro de mim. Não estou vendo a hora passar. Estou parado olhando pro nada o dia inteiro. Uma dor absurda”, declarou o pai de Selena.

Pai pensou que filha não estava entre as vítimas

Selena Sagrillo em parque com flores — Foto: Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto/Arquivo pessoal

Selena Sagrillo em parque com flores — Foto: Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto/Arquivo pessoal

Érick Serafim contou que chegou a ir até a porta da escola particular, onde a filha estudava e, como não recebeu nenhuma informação sobre ela, chegou a pensar que a menina estava viva.

“Disseram que todos que haviam sido feridos já haviam saído com os seus familiares. Foi um pequeno momento do meu dia em que eu senti um pouco de alívio por achar que a Selena não tinha sido uma das feridas, que talvez ela estivesse com algum colega, que talvez tivesse ido embora com algum dos pais embora dali, tivesse talvez nervosa ou escondida em algum lugar”, contou.

Sem notícias, o representante comercial buscou informações em ambulâncias e hospitais e só descobriu que a filha era uma das vítimas quando o pai dele, avô de Selena, encontrou um dos professores da escola.

“Procurei e ninguém sabia dizer onde estava minha filha. Eu liguei pro meu pai desesperado e falei ‘pai ela também não está aqui ‘ e foi aí que ele encontrou um professor que falou que a Selena tinha sido baleada e estava morta dentro da escola. Eu voltei, eu vi parte do corpo caído dentro da sala. Precisei ir à Vitória, reconhecer o corpo da minha filha, deitado naquela mesa gelada, morta, fazer todo o processo burocrático que não é nada humanizado”, contou o pai da menina.

Na foto, Selena Sagrillo aparece ao centro, entre pai e mãe — Foto: Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto/Arquivo pessoal

Na foto, Selena Sagrillo aparece ao centro, entre pai e mãe — Foto: Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto/Arquivo pessoal

Thais Fanttini Sagrillo Zuccolotto, mãe menina Selena Sagrillo, divulgou, na noite deste sábado (26), uma carta em que compartilha o sofrimento pela perda da menina e pede amor, piedade e segurança para crianças. A mãe de Selena também disse que perdeu a filha para o ódio.

O ataque deixou quatro pessoas mortas e mais de 10 feridas. O assassino, um adolescente de 16 anos, foi apreendido horas após o crime.

Polícia investiga participação de outras pessoas em ataque

Selena Sagrillo, Maria da Penha Banhos, Cybelle Bezerra e Flavia Amos, vítimas do ataque a escolas em Aracruz — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Selena Sagrillo, Maria da Penha Banhos, Cybelle Bezerra e Flavia Amos, vítimas do ataque a escolas em Aracruz — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Em depoimento à polícia, o atirador disse ter agido sozinho no crime, mas a polícia investiga o envolvimento de outras pessoas. A informação foi dada pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), neste domingo (27).

“Ele disse que agiu sozinho, mas isso não é suficiente para a polícia. A polícia vai de fato fazer toda a investigação técnica”, informou Casagrande.

Entre os pontos investigados estão o acesso e habilidade com armas, saber dirigir e ter acesso ao carro. Além do envolvimento com grupos extremistas. No dia do crime, ele usava vestimentas com um símbolo nazista.

“A investigação que vai dizer como ele com 16 anos tinha tanta habilidade com armas e como ele conseguiu carregar e recarregar”, disse o governador.

A polícia apura se há envolvimento do pai, policial militar, já que as armas usadas no ataque são dele. “A PM está sim no processo de investigação, mas é a Polícia Civil que vai dizer se de fato teve cumplicidade”, disse o governador. Ele não informou se o PM já foi ouvido pela polícia.

Casagrande ainda disse que a polícia apreendeu o telefone e o computador do assassino para apurar se ele tinha relação com grupos extremistas.

“Nós temos acesso ao seu telefone, aos seus computadores, aos interrogatórios, então é um processo de investigação pra ver se ele tinha algum envolvimento com algum grupo de fora neonazista”.

De acordo com a Polícia Civil, o assassino que atacou as duas escolas, por ter 16 anos, vai responder por ato infracional análogo a três homicídios e a 10 tentativas de homicídio qualificadas. O número é menor que o de vítimas no ataque porque algumas não foram baleadas, mas se feriram na correria dos alunos em fuga.

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