Na denúncia enviada pelo MPES ao Supremo, Carlos Von é apontado como participante de milícias digitais que promovem ataques à Corte e à democria.
“Ele, da mesma forma, promove, em suas redes sociais, pronunciamentos virulentos e criminosos contra os ministros do Supremo Tribunal Federal”, diz trecho do documento.
Em sua decisão, Moraes destaca que, de acordo com o MPES, há diversos indícios de que o deputado atuaria de maneira orquestrada com o jornalista Jackson Rangel, também investigado no processo, no fomento ao que a procuradora-geral chama de milícias digitais.
Imposições do STF aos dois deputados
Em relação a Von e Assumção, o ministro determinou a imposição de medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar o estado, proibição de uso de redes sociais ainda que por interpostas pessoas, proibição de concessão de entrevistas de qualquer natureza e de participação em qualquer evento público em todo o território nacional. Em caso de descumprimento, há previsão de multa diária de R$ 20 mil.
Em entrevista ao Estadão, na última quinta, Von afirmou que não participou de atos antidemocráticos ou usou as redes sociais para manifestações contra a democracia. Von nega ainda que tenha atuado ou financiado atos com teor golpista.
“Nunca participei de nenhum ato antidemocrático, nunca fui a nenhuma manifestação ou fiz qualquer tipo de postagem com teor antidemocrático. Ainda estamos atrás de informações sobre os motivos dos mandados. Nunca contestei nenhum resultado das eleições, não me posicionei nas minhas redes sociais e nem na tribuna da Assembleia”, disse ao Estadão.