Desde que o nome da ex-servidora de Flávio Bolsonaro (PSL), Andrea Siqueira Valle, apareceu entre as pessoas que teve o sigilo bancário e fiscal quebrados, a mulher desapareceu de suas atividades diárias em Guarapari.
Andrea é irmã de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro (PSL), e estava nomeada no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Na época, ela tinha salário de R$ 7.326, 64.
De acordo com a imprensa, o nome de Andrea constou como funcionária do Legislativo por 10 anos, mas ela só buscou seu crachá no ano de 2017. Desde o ano passado, Andrea passou a viver em Guarapari, e se apresentava como fisiculturista.
Academia onde ex-funcionária de Flávio Bolsonaro malhava em Guarapari (Foto: Roberta Bourguignon)
Era na academia Sports Center, na Praia do Morro, que ela malhava até mais de uma vez por dia. “Ela é aluna, mas esta semana não apareceu mais”, disse uma funcionária da academia.
No entorno da academia, muitas pessoas disseram conhecer Andrea, e que há alguns dias a fisiculturista não aparece pelas redondezas. Além da musculação, ela também corria os quase três quilômetros de orla diariamente.
“Depois que as reportagens com o nome dela começaram a aparecer, nunca mais a vimos. Ela nunca tocou nesse assunto de ser servidora legislativa. Sempre estava malhando e com roupas de ginásticas por aqui. Ela já comentou que morava em uma quitinete também”, disse um casal de atletas que malhava na mesma academia.
Investigações
O Ministério Público Estadual do Rio investiga suposto esquema de “rachid” no gabinete de Flávio Bolsonaro, na Alerj. Rachid é quando o servidor recebe o salário e devolve parte para o político.
O Tribunal de Justiça do Rio determinou, a pedido do MP, a quebra de sigilo bancário e fiscal, de Flávio e mais 94 pessoas físicas e jurídicas.