Especialistas afirmam que avanço do mar é culpa do homem

Especialistas afirmam que avanço do mar é culpa do homem

O avanço do mar provocou uma cena que preocupou muitos capixabas e chamou a atenção para a questão da erosão no litoral, na última segunda-feira (22), quando um carro que passava pela Rodovia ES-060, em Guarapari, caiu em um buraco que se abriu na orla, indo parar dentro do mar.

De acordo com especialistas, a ressaca do mar, provocada por fortes ventos, é mais comum no período do inverno. Entretanto, a ressaca tem ganhado proporções maiores na costa do Espírito Santo, prejudicando o comércio e atividades turísticas dos locais, além de despertar a preocupação dos moradores. Segundo especialistas, a erosão é um fenômeno natural, porém é agravada pela interferência humana.

Entre pesquisadores e estudiosos da engenharia e do meio ambiente, não há unanimidade na hora de apontar uma causa ou um conjunto de causas para explicar porque a erosão costeira está ficando mais intensa. Porém um fator apontado pelos estudiosos como causa imediata é a ocupação desordenada do homem no litoral.

De acordo com o oceanógrafo da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Renato Ghisolfi, o trecho em que foi registrado a queda do veículo, na região de Porto Grande, trata-se de um local de falésia, também conhecido como costa alta, que é um acidente geográfico provocado pela erosão. Segundo Renato, não houve grandes mudanças nos ventos e nas marés, mas a temperatura do planeta, que vai aumentando aos poucos, faz com que os fenômenos naturais fiquem cada vez mais severos.

Renato pontou ainda que, para evitar maiores transtornos nas áreas já ocupadas, o ser humano precisa se adequar à convivência com a influência da natureza.

O engenheiro civil e consultor técnico do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-es), José Marcio Martins, também concorda que o aquecimento global contribui para o aumento da erosão nas áreas costeiras, mas afirma que também trata-se de um problema de infraestrutura e falta de planejamento urbano, por parte do poder público.

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