Mulher é forçada a fazer sexo após ter celular invadido por colega de trabalho

Foi num momento de distração que uma moradora de Vila Velha teve sua conta de WhatsApp invadida por um colega de trabalho. A partir disso, ela viveu momentos de terror em um crime que deixou o mundo virtual para envolver chantagens e até estupro.

Para não ter um segredo revelado, a mulher foi forçada a fazer sexo com o invasor do aplicativo.

O caso, que tramita em segredo de Justiça, teve início em 2018, quando o colega de trabalho da mulher teria utilizado o telefone celular dela para ativar o WhatsApp Web – site por onde é possível usar o aplicativo de conversas no computador. Com isso, o homem começou a monitorar as conversas e descobriu que a colega tinha um caso extraconjugal.

De posse da informação e das provas que poderiam comprometer o casamento da colega, o homem começou a chantageá-la. Entre as diversas chantagens, a exigência para que ela fizesse sexo com ele, o que acabou acontecendo.

“Como o sexo foi feito contra a vontade da vítima após essa invasão da privacidade, ele vai responder pelo crime de estupro”, ressaltou o especialista em tecnologia da informação e colunista do Tribuna Online, Eduardo Pinheiro.

O especialista em tecnologia Eduardo Pinheiro afirmou que é  importante criar uma senha no  celular (Foto: Kadidja Fernandes / AT - 15/06/2019)

O especialista em tecnologia Eduardo Pinheiro afirmou que é importante criar uma senha no celular (Foto: Kadidja Fernandes / AT – 15/06/2019)

O crime de estupro está previsto no artigo 213 do Código Penal Brasileiro, considerando casos que envolvem “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal”.

A pena de prisão varia entre seis e 10 anos. Além disso, a conduta é inafiançável e considerada crime hediondo. Ou seja, quem é enquadrado possui dificuldade de obter progressão de regime.

O nome da vítima e do acusado não serão divulgados para não expor os envolvidos, já que o caso ainda não foi julgado.

O WhatsApp Web é um site legalizado do próprio WhatsApp. Para usar, basta estar com aparelho celular e direcioná-lo para a tela do computador para ativar o site através de um QR Code – espécie de código de barras digital.

“Por isso, é importante criar uma senha no celular. Essa é a primeira barreira de proteção contra esse tipo de crime”, disse Pinheiro.

Fonte: Tribuna Online

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