Mais de 10 pessoas precisaram ser resgatadas por pescadores da região e uma equipe da Capitania dos Portos do Estado (CPES), após um barco afundar próximo à Ilha Escalvada, que fica a uma hora de navegação da costa de Guarapari, por volta de 6h da manhã deste sábado (4).
Ao todo, 12 tripulantes e o mestre da embarcação estavam no barco na hora do naufrágio. Um dos pescadores, um lavrador de 43 anos, chegou a ficar desaparecido por algumas horas, mas, segundo a Marinha, ele já foi encontrado e encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento de Guarapari.
As vítimas são de Domingos Martins, onde atuam como lavradores, e decidiram alugar um barco em Guarapari para se divertir em uma pescaria.
“Estávamos indo pescar em 12 amigos, e mais o mestre do barco. O barco começou a encher de água, tombou para um lado, aí voltou e tombou para o outro lado e afundou. Foi tudo muito rápido”, lembra o lavrador Solimar Kuster, de 43 anos.
Os pescadores contam que ficaram a deriva por cerca de 30 minutos, boiando com os coletes salva-vidas, e várias embarcações passavam e não prestaram ajuda.
“Vários barcos passaram e nenhum parava para nos ajudar. Até que esse senhor nos ajudou e entrou em contato com os responsáveis. Ficamos cerca de meia hora boiando. Tinha colete de salva-vidas para todos”, conta o lavrador João Luiz Filho, de 28 anos.
A Capitania dos Portos do Espírito Santo e o Corpo de Bombeiros foram acionados pelo pescador que ajudou a retirar os tripulantes da água. Os resgatados estão na sede da Capitania em Guarapari e recebem atendimento de socorristas no local.
Por meio de nota, a Capitania dos Portos informou que deslocou uma equipe de Busca e Salvamento (SAR) para o local e atuou em coordenação com equipe do Corpo de Bombeiros. “Todos os 12 tripulantes da embarcação foram resgatados em bom estado de saúde, contando também com apoio de pescadores da região que foram alertados do naufrágio”.
Agora, segundo a Marinha, as causas e responsabilidades do acidente serão investigadas no Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) conduzido pela CPES.
“Concluído o inquérito e cumpridas as formalidades legais, o mesmo será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação e dará vista à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas previstas no Art. 42 da Lei no 2.180/54”.
Fonte: Tribuna Online