Professor de Educação Física morto em Guarapari queria doar cabelo para criança com câncer

Professor de Educação Física morto em Guarapari queria doar cabelo para criança com câncer

O professor de Educação Física Raul Giovanelli, de 27 anos, morto num assalto na manhã deste domingo (31), no bairro Lameirão, em Guarapari, queria doar os próprios cabelos para ajudar a uma criança com câncer. A informação foi revelada pelos familiares que foram fazer a liberação do corpo no Departamento Médico Legal, em Vitória, nesta tarde.

O rapaz, até fevereiro deste ano, cultivava uma vasta cabeleira. Ele cortou o cabelo, em clima de alto astral, saudando o novo penteado. O personal trainer era bastante ativo, alegre e extrovertido nas redes sociais. Tinha mais de 11 mil seguidores no Instagram. Estava sempre postando como cultivava a boa forma física em pontos turísticos e praias de Guarapari. 

Antes de ser morto, o professor fez um story, registrando o seu passeio de bicicleta no calçadão da cidade. No seu perfil, vários amigos e conhecidos fizeram homenagens e deixaram mensagens não acreditando na morte dele. Atualmente, ele trabalhava numa academia de ginástica em Guarapari.

O corpo será velado e enterrado em Guarapari, nesta segunda-feira (01).

O personal trainer foi vítima de latrocínio quando andava de bicicleta na Praia do Riacho em Guarapari, neste domingo. A família informou para a reportagem da TV Vitória que está achando estranho o fato do criminoso não ter levado nada da vítima.

Segundo testemunhas, um outro ciclista abordou Giovanelli numa tentativa de assalto quando ele passava pela orla da Praia do Riacho. Elas disseram à Polícia Civil  de que o personal teria se recusado a entregar a bicicleta e entrado em luta corporal com o assaltante, quando o criminoso atirou. O professor foi atingido por dois tiros na cabeça. Na cena do crime, ficaram a bicicleta da vítima e a do atirador. 

Por meio de nota, a Polícia Civil confirmou que o caso está sendo investigado como latrocínio que é o roubo seguido de morte. Parentes do professor de Educação Física contaram que era um hábito dele, todos os dias andar de bicicleta na mesma rota onde tudo aconteceu. Segundo a irmã, ele saía do bairro Nova Guarapari e percorria o mesmo caminho até a Praia dos Namorados.