Evangélico endemoniado invade armado terreiro de Candomblé e quebra as imagens
Um evangélico, desses que existem aos montes por aí, que se julgam representantes de Deus e os donos da verdade, mas que na verdade representam qualquer coisa menos Deus, invadiu o Terreiro de Candomblé Ilê Xaxará de Prata, em Planaltinha/DF armado com um facão e depredou tudo.
O evangélico, que parecia estar com o Diabo no corpo chegou ao local na manhã de quarta-feira, 23 e depois de intimidar os integrantes da comunidade, destruiu todas as imagens de orixás que estavam no local. Ninguém ficou ferido, mas o prejuízo, principalmente espiritual, foi imenso, segundo pessoas da comunidade.
As imagens foram quebradas pelo evangélico do demônio
A yalorixá Suely Gama disse à polícia que o indivíduo foi visto no local na noite anterior e na manhã de quarta-feira ele retornou ao terreiro visivelmente alterado, esbravejando e gritando alto que era evangélico, que seu Deus “é forte” e anunciando que destruiria tudo, pois os orixás representam a “figura do Diabo”.
Em comunicado nas redes sociais os responsáveis pelo terreiro afirmaram que “o ilê é um ponto cultural na comunidade e mantém projetos sociais com atendimento aos moradores da região, e mesmo assim não fomos poupados desse crime que assola as comunidades tradicionais de terreiro”. Destacou, ainda, que “o ato de intolerância religiosa cometido pelo indivíduo é um absurdo”.
Destruição provocada pelo representante do Demônio
O indivíduo, que após o crime evadiu-se do local adentrando em um matagal, foi capturado pela polícia à tarde e conduzido à Decrin/DF (Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação Racial, Religiosa ou Por Orientação Sexual), onde foi autuado e depois colocado à disposição da justiça no Xilindró.
“Essa falta de respeito por parte principalmente de evangélicos é um absurdo. Eles que vivem falando de Deus, que inclusive dizem que Deus é fiel a eles, ao invés de ser o contrário, deveriam dar exemplos e não praticar atos de vandalismo e de intensa demonstração de intolerância”, disse uma testemunha.
