Brutalidade: família recebeu vídeo de jovem esquartejado no ES
A família de Édson Douglas da Silva, de 24 anos, recebeu um vídeo do corpo do jovem esquartejado antes de ser encontrado. O rapaz estava desaparecido há 10 dias e o corpo foi encontrado na terça-feira (14), dentro de um valão no bairro Rio Marinho, em Vila Velha.
Familiares contaram que ele e a mãe moravam em Cariacica, onde os dois tinham se mudado para a casa nova há pouco tempo. No último dia 4 de junho, por volta das 18h, ele disse que ia dar uma volta e que logo voltaria, mas ele não retornou.
“Uma pessoa dessa não tem coração. Não deve nem amar os próprios familiares para fazer uma coisa dessa, uma brutalidade dessa com uma pessoa”, desabafou uma parente.
A Polícia Militar informou que as partes do corpo foram encontradas por funcionárias da prefeitura que limpavam o valão de Cobilândia. Uma perna foi encontrada, segundo a polícia, a cerca de 600 metros do resto do corpo. Peritos da Polícia Civil também estiveram no local.
Diante do assassinato brutal, a família quer justiça e pede que o crime não fique impune.
“Estamos sem entender qual foi o motivo, porque aparentemente não tem motivo nenhum. Mesmo se tivesse, não justificaria uma brutalidade dessa. Queremos justiça! Queremos que a pessoa que fez isso se entregue e se arrependa do que fez”.
Édson namorava uma jovem, que também mora em Vila Velha, e a família achou que ele tinha ido para a casa dela. Os dias foram passando e o rapaz não mandou mensagem e nem ligou para a mãe. Na segunda-feira (06), ela decidiu ligar para a companheira dele e descobriu que o filho não esteve na casa da namorada no fim de semana.
A família começou a divulgar fotos de Édson nas redes sociais, dizendo que ele estava desaparecido. Eles começaram a buscar informações com vizinhos, amigos e familiares.
Desesperada, a mãe foi até a casa de um homem que morava próximo a eles e que conhecia Édson. No local, ela encontrou o rapaz com o telefone do filho. Segundo a família, para a mãe do jovem, o homem disse que havia comprado o telefone por R$ 150 e que Édson tinha fugido para o Rio de Janeiro.
A família continuou conversando com o rapaz por meio de mensagens. “Uma hora ele falava que matou o Édson, outra hora falava que não, caia em contradição em certos momentos, a gente não tem certeza. Ele falou que tinha um vídeo e não ia mandar porque era muito forte, aí pedimos para mandar e vimos que realmente era ele. Mesmo vendo, estamos sem acreditar. Não tinha necessidade de fazer isso. Estamos sofrendo muito.”, contou uma familiar.
“Tinha gente no fundo do áudio rindo, achando graça do que eles fizeram. Eu só digo uma coisa: eles acabaram com a minha família. Ele deixou uma filha de cinco anos”, disse outra parente do rapaz desaparecido.
Por nota, a Polícia Civil informou que a ocorrência está em andamento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa de Vila Velha.