O modo trágico como foi realizado o atentado a uma escola de Barreiras, no interior da Bahia, nesta segunda-feira (26), que acabou tirando a vida de uma aluna de 19 anos, Geane de Silva de Brito, trouxe à lembrança o ocorrido na Escola Municipal de Ensino Fundamental Eber Louzada Zippinotti, em Jardim da Penha, em Vitória, no mês passado.
Mas será que o modo parecido de agir dos suspeitos, nos dois lugares, foi mera coincidência?
Os dois casos, separados por mais de 1.500 km de distância, mas com objetivo comum de matar estudantes e colaboradores de instituições de ensino, têm mais um ponto de contato: Henrique Lira Trad, de 18 anos, trocava mensagens com o adolescente apreendido na Bahia. A informação foi confirmada por meio da Divisão de Homicídio e Proteção à Mulher da Polícia Civil do Espírito Santo.
Henrique, que afirmou querer matar ao menos sete pessoas durante ataque, segue preso no Centro de Detenção Provisória de Guarapari. Já o adolescente baiano, que acabou baleado, segue internado em estado grave.
O que diz a Polícia Civil do Estado da Bahia
Em nota da Polícia Civil baiana, informou, por meio da 11ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Barreiras), que investiga o ataque à escola municipal que culminou com a morte de Geane de Silva de Brito, de 19 anos.
O adolescente de 14 anos, autor do ato infracional, havia anunciado em redes sociais, de forma cifrada e não identificada, que realizaria o ataque. Não há câmeras de segurança dentro da instituição de ensino, mas imagens da região já foram coletadas e estão sendo analisadas, a fim de confirmar a logística do atentado.
Também segundo a PCBA, está sendo realizado um aprofundamento da investigação em meios digitais, para que se possa confirmar as intenções e relações do autor e avaliar se houve participação ou incentivo de alguma outra pessoa no ato.
A Polícia Civil da Bahia também está em contato com autoridades de outros estados, uma vez que há indícios do envolvimento do jovem com autores de ataques fora da Bahia.