Escândalo na APAE Guarapari: Coordenador denuncia conselheira de homofobia

Escândalo na APAE Guarapari: Coordenador denuncia conselheira de homofobia

O ex-coordenador geral da Apae Guarapari, Davyd Pereira Mattos denuncia uma conselheira de homofobia. Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil, além de uma investigação por parte do Ministério Público. Além disso ações civis de danos morais também serão realizadas. O caso segue na delegacia da cidade e a acusada será ouvida nos próximos dias.

Segundo Davyd a confusão aconteceu em uma reunião no dia 09 de fevereiro de 2023. A presidente do conselho da época, falou sobre as questões sobre fofocas dentro da instituição, defendendo que essas práticas trazem muito prejuízo para a instituição.

Em sua fala, Davyd, disse aos funcionários que não teria tempo para resolver conflitos pessoais, que os mesmos deveriam fazer com as partes envolvidas. Ele citou uma situação que ocorreu no ano anterior, sobre uma questão levantada por uma funcionária que dizia ouviu dizer por parte de alguém (pai ou mãe de aluno) que a presidente estava fazendo da APAE uma “parada gay”, pela contratação de homossexuais para atuar na instituição.

“Expus minha vida pessoal, esclarecendo aos funcionários que sou homossexual, que não tenho problema com minha sexualidade, que sou assumido perante a sociedade e principalmente na religião que frequento. E tenho orgulho de ser homossexual, que isso jamais foi um problema para mim. Que fiquei um pouco assustado com tal abordagem, mas relevei”, afirmou o ex-coordenador.

Diante do exposto, Davyd explicou que situações como essa são atos criminosos. Que a instituição não contrata a pessoa, mas sim o profissional qualificado. Ao término da fala de Davyd, uma conselheira se levantou e dirigindo-se a ele, disse que não deveria tratar desses assuntos em reunião e que achava as falas muito pesadas e desnecessárias, referindo-se à homossexualidade e intolerância religiosa (falas em respostas às falas homofóbicas e preconceituosas direcionadas a contratação de homossexuais ocorridas no ano anterior e relativa a intolerância religiosa). Os assuntos foram abordados pelo ex-coordenador, que se sentiu constrangido perante os funcionários.

Durante reunião da diretoria da APAE, a conselheira relatou aos membros o ocorrido na reunião de funcionários, expondo Davyd sem direito de defesa, mais uma vez destacando que o mesmo não deveria falar sobre “aqueles assuntos” na reunião, por se tratarem de assuntos pesados (referindo-se mais uma vez a homossexualidade e intolerância religiosa como assuntos e palavras pesadas).

Um membro da diretoria ainda chegou a destacar que assuntos de cunho pessoal deveriam ser tratados com as pessoas envolvidas e não numa reunião de diretoria, conforme consta em ata.

Em mais uma reunião interna na Apae, a conselheira manteve sua fala e ainda ameaçou que iria denunciar na federação das APAE’s do Espírito Santo. A denúncia foi realizada, porém a federação informou a mesma que assuntos dessa natureza (conflitos pessoais) devem ser tratados com as partes envolvidas.

“Não tenho palavras para descrever como me sinto humilhado, constrangido diante de tais comportamentos apresentados pela conselheira em relação a homossexualidade, intolerância religiosa e pela forma abusiva como me tratou perante os funcionários ao qual coordenava”, conclui Davyd.

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