Grupo terrorista planeja matar Bolsonaro, segundo revista
Um grupo terrorista que se identifica como Sociedade Secreta Silvestre (SSS) planeja o assassinato do presidente Jair Bolsonaro. É o que afirma a revista VEJA, que entrevistou um dos líderes do grupo.
Um dos líderes identifica-se como Anhangá e disse que o atentado deveria ter acontecido no dia da posse, mas o forte esquema de segurança acabou sendo um empecilho.
De acordo com a VEJA, o grupo se apresenta como braço brasileiro da organização internacional Individualistas que Tendem ao Selvagem (ITS), investigada por promover ataques a políticos e empresários de diversos países.
Dias antes da posse, a SSS colocou uma bomba em frente a uma igreja localizada a 50 quilômetros do Palácio do Planalto. Ela não explodiu por conta de uma falha do detonador. O grupo postou um vídeo na internet reivindicando a autoria do ataque e anunciando que o próximo alvo seria o presidente eleito.
“A finalidade máxima seriam disparos contra Bolsonaro ou sua família, seus filhos, sua esposa”, explicou a SSS.
Em abril, dois carros do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foram incendiados. No local haviam ameaças de morte ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. O grupo novamente assumiu a responsabilidade em um vídeo na internet.
Anhangá disse para a VEJA que “Salles é um cínico e não descansará em paz, quando menos esperar, mesmo que saia do ministério que ocupa, a vez dele chegará. É um lobo cuidando de um galinheiro”.
Ele também contou que a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, é o terceiro alvo do grupo terrorista. “(Ela) se tornou a cristã branca evangelizadora que prega o progresso e condena toda a ancestralidade. O eco-extremismo é extremamente incompatível com o que prega o seu ministério”, afirmou.
Terroristas monitorados
A Polícia Federal monitora há algum tempo os terroristas brasileiros. No relatório “Informações sobre Sociedade Secreta Silvestre” consta que, em 2017, uma bomba foi deixada na rodoviária de Brasília.
O documento, obtido pela VEJA, afirma que a imprensa não noticiou o atentado, mas os detalhes foram divulgados em um site do grupo Sociedade Secreta Silvestre, assinados por uma pessoa identificada como Anhangá.
Três suspeitos chegaram a ser presos, mas os integrantes do grupo ainda não foram identificados. “Não somos meros amadores, dominamos técnicas de segurança, de engenharia, de comportamento social”, destacou Anhangá.
Para a reportagem da VEJA, o extremista revelou que é do sexo masculino, tem entre 20 e 30 anos, está em Brasília e é um defensor radical da natureza. Quando perguntado sobre a motivação, Anhangá disse que “Bolsonaro e sua administração têm declarado guerra ao meio ambiente”.
Detalhes do plano contra Bolsonaro
A entrevista foi feito em um chat da deep web. Anhangá revelou que “As motivações carecem de justificativas porque são óbvias. Bolsonaro e sua administração têm declarado guerra ao meio ambiente, a Amazônia especialmente, têm feito de órgãos que teoricamente deveriam proteger a natureza catapultas para negócios danosos, facilitadores de exploração mineira, madeireira, caças, agropecuária, etc.”
O extremista também afirmou que o presidente sai sem segurança adequada em Brasília e em outros lugares, como no Rio de Janeiro.