Motorista de aplicativo se recusa a levar surfista cego de Guarapari com cão-guia

Motorista de aplicativo se recusa a levar surfista cego de Guarapari com cão-guia

O surfista Derek Rabelo, de 27 anos, que é deficiente visual, foi impedido de embarcar com a presença do cão-guia dele em um carro que prestava serviço de transporte por aplicativo em Florianópolis. Um vídeo feito pela mulher dele mostra a recusa da motorista: mesmo argumentando e apresentando os documentos exigidos, a motorista foi irredutível. O caso, que ocorreu na quarta-feira (18), foi registrado na polícia.

A cão-guia Serena estava com Derek e a mulher dele, grávida de 9 meses, em uma oficina mecânica no Rio Tavares. O casal deixou o carro no conserto e chamou o motorista de aplicativo para voltar para casa, que fica no Novo Campeche.

No entanto, quando a motorista chegou, ao ver o cão, solicitou a saída do surfista do carro. “Olha só, eu preciso que você se retire […] eu preciso trabalhar. Eu não vou ficar parada aqui esperando […] eu preciso seguir, eu estou trabalhando”, disse a motorista no vídeo. Ao ser questionada pelo surfista sobre a negativa ela afirmou que “não leva cachorro no carro”.

No vídeo, Derek tenta explicar que é um direito garantido, previsto em lei o direito a usar o cão-guia. Mas, a motorista diz que não tinha passado pela situação, pede para que avise na solicitação do serviço e insiste para que ele saia do carro.

O surfista permaneceu no carro e acionou a polícia, que ao chegar no local fez um Boletim de Ocorrência.

O que diz a empresa

A Uber informou à NSC que não tinha informações da ocorrência porque ainda não possuía detalhes sobre o usuário, o veículo e a motorista que permitam identificá-los. Mas a empresa disse que os motoristas do aplicativo precisam cumprir a lei.

“A Uber tem como política que os motoristas parceiros cumpram a lei e acomodem cães-guia. Se comprovada a recusa de um animal de serviço, o motorista parceiro envolvido poderá perder permanentemente o acesso à plataforma”.

Em julho, um motorista da empresa foi suspenso da plataforma de serviço em Itajaí, no Vale, depois de ter recusado uma corrida com dois deficientes visuais acompanhados de cães-guia.

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