ES fecha mês de fevereiro com menor número de assassinatos dos últimos 24 anos

ES fecha mês de fevereiro com menor número de assassinatos dos últimos 24 anos

O Espírito Santo registrou o mês de fevereiro com o menor número de assassinatos em 24 anos. No total, foram 82 homicídios registrados em fevereiro de 2021. São 28 a menos que fevereiro de 2020 – uma redução de 25% – e 13 a menos que 2019, que até então era o menor registro.

Apesar da redução no segundo mês do ano, o estado teve um aumento no número de homicídios em janeiro, que representou um crescimento de 15% em relação ao mesmo mês de 2020.

Até então, o ano de 2021 apresenta 190 homicídios dolosos, contra 204 assassinatos em 2020, no mesmo período, representando o melhor índice para o bimestre dos últimos 24 anos.

Feminicídios

De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), houve uma redução no número de crimes classificados como feminicídios – quando a mulher é morta por ser mulher –, mas houve um aumento no número de homicídios de mulheres.

Neste ano, foram 15 casos de homicídios de mulheres, sendo que desses, quatro foram registrados como feminicídios. Em 2020, haviam sido 17 vítimas de assassinato do sexo feminino, com cinco desses casos classificados como feminicídios.

Um deles foi o da jovem Luana Demonier, de 25 anos, morta a facadas pelo ex-namorado quando voltava para casa após o trabalho, em Cariacica. O ex-namorado, Rodrigo Pires da Rosa, de 38 anos, responde a oito inquéritos por violência doméstica e foi preso um dia após o crime.

Tráfico de drogas

Para o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Alexandre Ramalho, apesar do registro, não há o que se comemorar quando o assunto são mortes.

A maioria delas, segundo Ramalho, estava ligada ao tráfico de drogas. E a situação é mais preocupante no interior do estado.

“Em janeiro tivemos muitos crimes ligados ao confronto do tráfico de drogas, cerca de 74%, e dentro da dinâmica do programa Estado Presente em Defesa da Vida, intensificamos o monitoramento nesses locais”, destacou Ramalho.

“No interior ainda temos um grande desafio, visto que há uma pulverização desses homicídios e por variados motivos”, disse.